Santo Natal, 25 de Dezembro de 2004
1. Christus natus est nobis, venite, adoremus!Cristo nasceu para nós, vinde, adoremos!
Vimos a Vós, neste dia solene,
terno Menino de Belém,
que, ao nascer, escondestes a vossa divindade
para compartilhar a nossa frágil natureza humana.
Iluminados pela fé, reconhecemo-Vos
como verdadeiro Deus encarnado por nosso amor.
Vós sois o único Redentor do homem!
2. À vista do presépio
onde estais inerme,
cessem as inúmeras formas de desenfreada violência,
causa de indescritíveis sofrimentos,
extingam-se os numerosos focos de tensão
que correm o risco de degenerar em aberto conflito;
fortaleça-se a vontade de procurar soluções pacíficas,
respeitadoras das legítimas aspirações de homens e povos.
3. Menino de Belém,
Profeta de paz,
encorajai as tentativas de diálogo e de reconciliação,
sustentai os esforços de paz que, tímidos
mas repletos de esperança, estão actualmente em curso
para um presente e um futuro mais sereno
de tantos irmãos e irmãs nossos no mundo.
Penso na África, na tragédia do Darfur no Sudão,
na Costa do Marfim e na região dos Grandes Lagos.
Com viva apreensão, acompanho as vicissitudes do Iraque.
E como não lançar um olhar de preocupada ansiedade,
mas também de inextinguível confiança
à Terra da qual Vós sois Filho?
4. Por todo o lado há
necessidade de paz!
Vós que sois o Príncipe da paz verdadeira,
ajudai-nos a entender que o único caminho para construí-la
é detestar o mal com horror
e buscar sempre e com coragem o bem.
Homens de boa vontade pertencentes a cada povo da terra,
vinde com confiança ao presépio do Salvador!
«Não tira os reinos humanos
quem dá o Reino dos Céus» (cf. hino litúrgico).
Acorrei ao encontro d’Aquele
que vem para nos ensinar
o caminho da verdade, da paz e do amor.