VATICANO, 26 de mar de 2008 às 13:05
O Papa Bento XVI destacou esta manhã na Audiência Geral das quartas-feiras que a Páscoa de Cristo "é também nossa Páscoa porque em Cristo ressuscitado nos é dada a certeza da nossa ressurreição final".
Diante de mais de 30 mil presentes na Praça de São Pedro, o Santo Padre explicou que "toda a liturgia do tempo pascal canta a certeza e a alegria da ressurreição de Cristo" que "constitui a realidade central da fé cristã, em sua riqueza doutrinal e em sua vitalidade inesgotável".
O Pontífice, que chegou até a Praça de São Pedro em helicóptero da residência de Castel Gandolfo, afirmou em seguida que "a morte do Senhor demonstra o amor imenso com que nos amou até entregar-se por nós, mas somente sua ressurreição é a 'prova segura'" de que "tudo o que afirma é verdade".
"É importante reafirmar esta verdade fundamental de nossa fé, cuja verdade histórica está amplamente documentada embora hoje como no passado, não faltam aqueles que a colquem em discussão ou inclusive a negam. Se se debilitar a fé na ressurreição de Jesus se debilita o testemunho dos fiéis", prosseguiu.
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"Pelo contrário, a adesão a Cristo morto e ressuscitado muda a vida e ilumina toda a existência das pessoas e dos povos", enfatizou.
Seguidamente o Papa indicou que "especialmente nesta Oitava de Páscoa, a liturgia nos convida a encontrar pessoalmente ao Ressuscitado e a reconhecer sua ação vivificadora nos acontecimentos da história e em nosso viver cotidiano".
Como com os discípulos de Emaus, dos que fala o Evangelho de hoje, o Senhor está em caminho "conosco, explica-nos a Escritura e nos faz entender este mistério: tudo nos fala d'Ele. Assim teriam que arder os nossos corações para que também se abram os nossos olhos. O Senhor que fica conosco nos ensina o caminho verdadeiro".
Bento XVI finalizou sua catequese precisando que os discípulos de Emaus reconheceram a Cristo "ao partir o pão. Também nós na Santa Eucaristia". "Podemos encontrar e conhecer o Jesus, nesta dupla mesa da Palavra e do pão e o vinho consagrado. Cada domingo a comunidade revive a Páscoa do Senhor e recolhe do Salvador seu testamento de amor e de serviço fraternal", concluiu.