A Presidenta argentina, Cristina Fernández de Kirchner, decidiu participar do Te Deum na Catedral de Salta deixando atrás o projeto original do Governo de realizar uma “cerimônia multi-religiosa”.
A mudança na decisão da Mandatária se deu logo que distintos setores da sociedade rechaçassem a iniciativa e o Arcebispo de Salta, Dom Mario Cargnello, manifestasse seu desacordo com a idéia de substituir o Te Deum e “se quebrasse uma tradição que vem de 1810”.
Do mesmo modo, o Prelado recordou que a “Igreja está comprometida com uma atitude ecumênica” e por isso no Te Deum participarão representantes de outras religiões.
Por sua parte o Presidente da Pastoral Universitária de Buenos Aires, Pe. Guillermo Marcó, assinalou embora se decidiu realizar o Te Deum, na proposta do Governo de transladar a tradicional cerimônia ao interior do país “o que há é um profundo desconhecimento do que se festeja” pois em 25 de maio “é uma iniciativa dos vizinhos do Conselho de Buenos Aires” já que naquela época “não havia uma autoridade nacional”.
Alguns integrantes do Governo “diziam que tem por que sentar-se (na Catedral de Buenos Aires) para que Bergoglio lhes dê bronca” e para evitar as possíveis críticas decidiram realizar a cerimônia em Salta; entretanto eles não sabem “o que vai dizer Dom Cargnello”, indicou.
Também o historiador José Ignacio García Hamilton se manifestou sobre o tema em uma entrevista a Cadeia 3 e assegurou que “em 25 de maio é uma festa portenha. Não tem caráter nacional” e adicionou que “o Te Deum sempre se fez na Capital Federal. Agora querem levá-lo a Salta, porque Kirchner sempre está procurando inimigos".