SANTIAGO, 30 de jul de 2008 às 04:12
O Bispo de São Bernardo (Chile), Dom Juan Ignacio González Errázuriz, apresentou algumas recomendações para a digna celebração da liturgia, “face à claridade e insistência com que a Igreja nos chama" a celebrá-la, em algumas parte “até se cometem abusos muito graves”.
“O que a Igreja espera, especialmente de nós, Ministros do Senhor, é que nossas celebrações litúrgicas sejam acima de tudo obra de Deus Pai”, lembra o Prelado em uma recente carta pastoral.
Ante esta situação, Dom González, apresentou “alguns aspectos que observei e que podem ser melhorados com pequenos esforços por parte de cada um” para fazer que a liturgia seja verdadeiramente objeto do celestial e “fonte primária e necessária em que os fiéis devem beber o espírito verdadeiramente cristão para assim aperfeiçoar-se”.
Em primeiro lugar, assinala que é “necessário que nas concelebrações usem sempre a casula, ou dalmática para o caso do diáconos, levando a própria se resultar necessário”, pois “concelebrar somente com alba e estola é uma exceção contemplada para casos de escassez de médios que felizmente não se dão em nossa diocese”.
Quanto aos Ritos iniciais e finais da celebração litúrgica se devem fazer da Sede” e se não existir a possibilidade de ter um coroinha “deve fazer-se do suporte de livro portátil ou fixo”, sugere o Bispo de São Bernardo.
Depois de assegurar que “em algumas ocasione se vá a sacerdotes que durante o tempo que se está sentado cruzam as pernas para frente” e em outras “ocasiões é possível observar pequenas conversações entre os concelebrantes”, sublinha que são posturas “que não caçam com o momento e lugar em que se está”.
“Quanto à postura das mãos enquanto se está de pé, é conveniente seguir a antiga e venerada tradição das manter juntas diante do peito, não cruzando os braços. O mesmo quando se esta sentado, as mãos devem estar sobre os joelhos”, precisa.
Em outra parte da carta, Dom González destaca que quanto aos cantos da Missa, em muitas ocasiões se observa que “as partes do Ordinário da Missa como o Senhor tenha piedade, o Glorifica, e o Cordeiro de Deus se substitui por letras que não seguem as que estão assinaladas. Terá que procurar entre as múltiplos possibilidades as que respeitem esses textos”, indica.
Além disso é necessário “revisar os cantos que usam nossos coros paroquiais”, para que sejam adequados dando “o primeiro lugar, em igualdade de circunstâncias, ao canto gregoriano”, e tendo em conta que “outros gêneros de música sacra, e em particular a polifonia, de maneira nenhuma têm que excluir-se, contanto que respondam ao espírito da ação litúrgica e fomentem a participação de todos os fiéis”, adiciona.
Depois de considerar o silêncio como “elemento essencial da celebração litúrgica”, o Prelado afirma que “como parte da celebração, deve guardar-se a seu tempo um silêncio sagrado”. No ato penitencial e depois do convite a orar, todos se recolhem interiormente”, igualmente depois da leitura, a homilia, ou a Comunhão.
“Tentemos fazer um tempo breve de silêncio recolhido depois da comunhão, sem que se cante nada, de maneira que esse espaço permita a oração pessoal”, assinala. “Deste modo –continua– é bom que imediatamente depois da Santa Missa, o sacerdote possa se recolher uns minutos no mesmo templo, de maneira que o mesmo continue sua ação de graças e ensine ao povo cristão a fazê-lo”.
“São todos estes pequenos detalhes e outros que cada um descobrirá e que podem parecer insignificantes os que expressam nosso desejo de querer penetrar no mistério central da fé, a Páscoa do Senhor, que como sacrifício e banquete, renova-se em nossos altares diariamente”, e os que além disso “farão compreender ao povo cristão os profundos significados dos mistérios de nossa Santa fé católica”, conclui.