MADRI, 21 de out de 2008 às 03:36
Cristina, uma mãe que sofre atualmente o síndrome post aborto, relatou ao semanário ALVORADA as pressões que recebeu do entorno familiar e social para que abortasse a seu filho diagnosticado com trisomía 20. Ela assegura que no hospital não lhe deram explicações sobre a condição de seu bebê e só a orientaram para abortar "de acordo ao protocolo".
"Não me deram tempo para pensar isso assinalou a mãe e lembrou que lhe administraram um fármaco abortivo. "Duas horas mais tarde, foi então quando notei que meu bebê começava a dar chutes com suas perninhas e seus bracinhos. Não foi um segundo, senão um bom momento. Senti-me uma assassina, mas eu no fundo não queria estar aí; ninguém me ajudou", indicou.
Cristina disse que agora sofre as conseqüências de haver-se praticado um aborto. Quando soube que seu filho tinha trisomía 20, ninguém no hospital Alcorcón soube lhe dar uma explicação ao diagnóstico.
"Nós investigamos e vimos que tinha as orelhas mais baixas, o nariz mais largo, mas não conhecíamos a trascendência da enfermidade; surpreendentemente os médicos tampouco", lembrou.
Cristina afirmou que se arrepende e lamenta que ninguém lhe oferecesse nenhuma outra alternativa. Depois do fato, caiu em uma depressão profunda, pois teria preferido ter a seu filho embora vivesse pouco ou estivesse doente.
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"Pensei que não devia ser a única que me encontrava nessa situação; assim que me meti em Internet e contatei com a Associação de Vítimas do Aborto que me ofereceu apoio psicológico que ainda hoje necessito", assinalou, e lamentou que ninguém a colocou "em contato com um psicólogo" nem lhe advertiu das conseqüências da prática.
"Existe protocolo para abortar, mas não existe nenhum protocolo para o post aborto, como se não acontecesse nada", lamentou.
Entretanto, seu drama não terminou aqui. Logo depois da penosa experiência, Cristina resultou grávida pela segunda vez e segundo sua história médica, no hospital a submeteram a uma prova de diagnóstico pré-natal, que supostamente não tinha riscos, mas perdeu ao bebê.
Agora, a mensagem que Cristina compartilha é claro: Se alguém se expõe abortar a seu filho malformado, "que o pense muito bem, que se informe das conseqüências e que valore também a possibilidade de tê-lo".