MADRI, 10 de dez de 2008 às 14:32
A presidenta da Federação Pró-vida da Espanha, Alicia Latorre, advertiu que “a óptica positivista” com que se vê o direito à vida, faz que a maioria dos políticos desse país ponham em dúvida a universalidade deste direito fundamental.
“A mentalidade positivista nos diz que a Lei é a que marca o que está bem e o que está mau. Por isso cada dia aparentemente nascem novos direitos humanos, que o que procuram não é precisamente o bem do homem mas sim encobrem outros interesses econômicos e ideológicos de controle. Isto supõe uma machadada a esta coluna da convivência, porque então esses direitos já não são universais”, explicou.
Latorre lembrou que cada indivíduo é o sujeito ao que protege a Declaração Universal de Direitos humanos. “É um sujeito universal, e portanto não há exceções”, afirmou e lembrou que “a Biologia e a Medicina constatam de maneira rotunda que a vida humana começa na concepção e termina com a morte natural”.
“Neste sentido, admitir o aborto, e ainda mais, uma Lei de Prazos para o aborto, iria claramente em contra do objeto do Direito humano à Vida”, expressou em referência às intenções do Governo de dar uma nova lei que ampliaria esta prática.
A líder pró-vida lembrou que a vida é um dom e que “as faculdades deste direito humano incluem que ninguém pode tirá-la a outro”. portanto, advertiu, vão contra este direito “a pena de morte, as torturas, os entendimentos degradantes, o aborto, a pílula do dia seguinte, as técnicas que manipulam a vida em seus começos (…), a eutanásia e os anticoncepcionais (…) e tudo o que supõe não só um ataque direto à vida, mas também à dignidade do ser humano”.
Latorre chamou os espanhóis a proteger a vida “de todas as formas de morte deliberadas”, porque “não basta dizendo que viver a vida é belo, mas sim terá que defendê-la por todos os meios e com toda nossa alma, especialmente a dos mais débeis”.