VATICANO, 14 de fev de 2009 às 13:32
Ao receber este meio-dia aos participantes do congresso pelos 80 anos do Estado da Cidade do Vaticano, titulado "Um pequeno território para uma grande missão", o Papa Bento XVI assinalou que desde este "pequeno pedaço de terra" ergue-se sempre "uma incessante mensagem de verdadeiro progresso social, esperança, reconciliação e paz" para todo mundo.
Ao iniciar seu discurso, o Papa ressaltou a figura e o árduo serviço à Igreja de Pio XI, baixo cujo pontificado se assinaram os Pactos Lateranenses em 11 de fevereiro de 1929; e indicou como este Papa considerou este tratado como "um instrumento para garantir a necessária independência de toda potestade humana, para dar à Igreja e a seu supremo Pastor a possibilidade de cumprir plenamente o mandato recebido por Cristo o Senhor".
"Ao longo destes oito decênios de sua existência, o Estado Vaticano demonstrou ser um instrumento dúctil e sempre à altura das exigências que ante ele colocam e seguem colocando a missão do Papa, as necessidades da Igreja, as sempre mutáveis condições da sociedade. Por isso, sob a guia de meus venerados Predecessores –do Servo de Deus Pio XI até o Papa João Paulo II–, realizou-se e se realiza ainda hoje ante os olhos de todos, uma constante adequação das normas, das estruturas e dos meios deste singular Estado edificado em torno das tumba do Apóstolo Pedro".
Seguidamente o Papa ressaltou que este aniversário é "motivo de profundo agradecimento ao Senhor, que guia o avanço de sua Igreja em meio das vivências com freqüência turbulentas do mar da história, e assiste a seu Vigário na terra no desenvolvimento de seu ofício do Christianae religionis summus Antistes".
Depois de agradecer a quantos trabalham no Estado da Cidade do Vaticano, Bento XVI alentou "a quem opera nos diversos ofícios e serviços a desenvolver seus trabalhos não só com honestidade e com competência profissional, mas também com uma sempre e cada vez mais clara consciência de que seu trabalho constitui um precioso serviço à causa do Reino de Deus".
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"A Civitas Vaticana é em realidade um ponto quase invisível nos mapa-múndis da geografia mundial, um Estado diminuto e inerme sem exércitos temíveis, aparentemente irrelevante nas grandes estratégias geopolíticas internacional. Entretanto, este presídio que faz visível a absoluta independência da Santa Sé, foi e é o centro de irradiação de uma constante ação a favor da solidariedade e do bem comum. E não é talvez verdade que por essa razão desde todas partes do mundo se olhe a este pequeno pedaço de terra com grande atenção?"
O Santo Padre ressaltou logo que "o Estado Vaticano, que mantém em si tesouros de fé, história, arte, custódia um patrimônio precioso para a humanidade inteira. De seu coração, onde perto da tumba de São Pedro vive o Papa, ergue-se uma incessante mensagem de verdadeiro progresso social, esperança, reconciliação e paz. Agora, este nosso Estado, logo depois de ter celebrado solenemente seu 80 aniversário, retoma o caminho com um cada vez mais forte impulso apostólico".
Ao concluir seu discurso, o Papa fez votos para que "possa a Cidade do Vaticano ser sempre uma verdadeira 'cidade sobre o monte', luminosa graças às convicções e à generosa dedicação de quantos operam nela ao serviço da missão eclesiástica do Sucessor de Pedro".
"Com tal auspício, enquanto invoco a materna proteção de Maria, a intercessão dos Santos Pedro e Paulo e dos outros mártires que com seu sangue têm feito deste chão um chão sagrado, reparto minha Bênção a todos vocês, estendendo-a com afeto a grande família do Estado da Cidade do Vaticano", concluiu.