Segundo os cálculos de "O atlas das religiões", elaborado por "Le Monde Diplomatique" em colaboração com a revista francesa "Le Vie", para meados deste século todas as religiões do mundo terão crescido significativamente, os ateus e agnósticos seguirão sendo uma pequena minoria e um de cada três habitantes do mundo será cristão.

Conforme informa o jornal La Razón, "nem os 70 anos de hostilidade à religião na URSS nem o comunismo na Europa Oriental nem o materialismo no Ocidente nem as perseguições na China, Vietnam ou Coréia nem os avanços tecnológicos ou científicos impedirão o crescimento das religiões no século XXI".

Calcula-se que no ano 2050 o mundo terá 9.1 bilhões de habitantes e haverá aproximadamente 3 bilhões de cristãos. Atualmente existem 2 bilhões, dos quais 1.14 são católicos.

"O cristianismo crescerá por demografia em muitos países, incluindo Ocidente, e pelo esforço missionário na África, onde viverá um de cada quatro batizados, e também na Ásia e Rússia. Os católicos europeus, que ainda somam 25 por cento do catolicismo mundial, serão apenas 16 por cento na metade de século", adiciona o jornal.

Do mesmo modo, explica que "a grande natalidade e certa expansão missionária na Ásia e África também farão crescer o islã, que chegará aos 2.2 bilhões de aderentes com comunidades importantes em todo mundo".

Estima-se que o hinduísmo terá por volta de 1.1 bilhões de seguidores, concentrados quase exclusivamente na Índia e Nepal, com minorias no Sri Lanka, Bangladesh e Paquistão. O budismo seguirá centrado nos países que tradicionalmente o professaram e crescerá pouco: 425 milhões atenderão o ensino da Buda. O judaísmo contará com 17 milhões de fiéis.

Como ocorre atualmente, Estados Unidos será o país com mais cristãos; Indonésia o que tenha mais muçulmanos e China o que tenha mais budistas.

"A evolução das cifras de não-adeptos dependerá muito dos países onde se persegue os fiéis, especialmente a China e Vietnam, assim como do que acontecer a Europa pós-comunista. Uma coisa está clara: os ateus têm sempre menos filhos que as pessoas religiosas", conclui La Razón.

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