SAN SALVADOR, 2 de set de 2010 às 14:00
Uma pesquisa revelou que 93 por cento dos salvadorenhos se opõem a despenalizar o aborto e 76 por cento apóia a decisão do Presidente Mauricio Funes de rechaçar o chamado “Consenso” de Brasília que pretende obrigar os países assinantes a impor a prática anti-vida.
Pesquisa-a foi realizada pelo JBS Opinião Pública para “El Diario de Hoy”. Ante a pergunta "Está você de acordo com que se modifique a Constituição da República e se permita o aborto?", 93 por cento de salvadorenhos responderam que não estão de acordo.
Entre as razões para opor-se à despenalização do aborto, a terceira parte disse que "todos temos direito à vida", 20 por cento afirmou que o término da vida "é algo que só Deus pode decidir", 18 por cento assinalou que o aborto é o assassinato de um ser indefeso e 12 por cento indicou que é um crime.
Do mesmo modo, citaram motivos como que este se trata de um ato inconstitucional, desumano, e que "não é uma boa solução" para problema nenhum.
Como se recorda, durante a 11ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e o Caribe celebrada no Brasil, assinou-se o chamado Consenso de Brasília que compromete os países assinantes a revisarem suas legislações em matéria de aborto. No caso de El Salvador, o documento foi assinado por Julia Evelyn Martínez, diretora do Instituto Salvadorenho para o Desenvolvimento da Mulher (Isdemu).
Diante deste fato, o Presidente de El Salvador, Mauricio Funes, declarou que o texto assinado por Martínez "não tem iniciativa de lei" e que como mandatário "não dei nenhuma ordem, nem dei nenhuma instrução, para que se proceda a revisar a legislação em matéria de aborto". A Constituição salvadorenha protege a vida humana da concepção.
A Pesquisa também mostrou que 76 por cento dos entrevistados apóiam o Presidente ao momento de rechaçar o Consenso de Brasília. Do mesmo modo, através de diversas respostas, os salvadorenhos criticaram a atuação de Martínez à frente do Isdemu.
No Brasil, A Câmara dos Deputados está estudando um projeto de lei que deixaria sem efeito qualquer obrigação para o país derivado do "Consenso da Brasília", que leva a assinatura do Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim e a Secretária de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire. Tal como denunciam os deputados brasileiros Paes de Lira, Talmir Rodrigues e Miguel Martini, promotores desta ação legislativa, a ação da Ministra Freire ao propor uma mudança de leis no Brasil assume ilegalmente as funções que são próprias do Poder Legislativo onde ela não tem incumbência. Ademais os deputados assinalam que esta ingerência das Nações Unidas afeta seriamente a soberania nacional dos países nas questões da defesa da vida.
Para saber mais sobre o “Consenso” de Brasília e o projeto dos Deputados Paes de Lira, Rodrigues e Martini, visite: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=19717