REDAÇÃO CENTRAL, 7 de mar de 2011 às 13:02
A líder pró-vida no Equador, María Augusta Teale, afirmou que a proposta do governo do presidente Rafael Correa de entregar anticoncepcionais "de maneira indiscriminada" vai alcançar um único objetivo: promover a promiscuidade.
O mandatário anunciou há poucos dias a realização de uma agressiva campanha de "planejamento familiar" que pretende reduzir a gravidez entre adolescentes em 25% até o ano 2013, entregando anticoncepcionais nas escolas e em pontos de encontro de jovens.
Em declarações à agência ACI Prensa no último 4 de março, María Augusta Teale afirmou que "foi demonstrado que em outros países onde estas campanhas de anticoncepcionais ocorreram, como no caso da Inglaterra, a taxa de gravidez adolescente na verdade subiu muitíssimo".
Além disso, à diferença do que afirmam os promotores deste tipo de programas, no Equador "a maior parte de adolescentes não está tendo relações sexuais", assinalou.
Teale citou o exemplo do Instituto Nacional Mejía, a maior instituição de educação secundária de Quito, onde, segundo cifras que sua organização obteve, "de 5 000 alunos, apenas 1 por cento tem relações sexuais".
Este "é na verdade um problema social, que se deve à falta de famílias, à falta do valor do ser humano e à desordem que há na juventude, pois nos diz que podemos viver nossa sexualidade e que através dos anticoncepcionais se acabou o problema".
"É preciso ir mais à frente, e ver as causas do que está acontecendo. Temos lares disfuncionais, então aumentemos as escolas para pais, aumentemos o apoio psicológico para as adolescentes, vejamos outras maneiras de evitar a gravidez adolescente", demandou Teale.
"Existem estatísticas nos Estados Unidos que dizem que uma mulher, uma menina, uma adolescente que está utilizando anticoncepcionais tem a possibilidade de ser mais promíscua porque já não tem medo à gravidez".
"Então terá maior quantidade de encontros casuais porque ela pensa que seu único problema é a gravidez, mas percebe o dano moral, o dano à sua dignidade, o dano psicológico que tem".
A líder pró-vida disse à ACI Prensa que como mãe católica "posso dizer que é nossa responsabilidade administrar uma mudança no nível local, no nível familiar, em todo nível para que vamos recuperando a educação em valores, educação em amor".
Os pais "temos a obrigação de administrar uma mudança. E isso começa em nossos lares, desde nosso entorno e falando, alto e com a verdade e com uma evidência que realmente demonstre pelo que estamos lutando, que tem uma razão profunda e científica", concluiu.