Na província de San Juan (Argentina), 78 ginecologistas e obstetras reagiram às tentativas de despenalizar o aborto no país com um "Manifesto pela Vida" no qual esclarecem que não há justificação para eliminar um ser humano dentro do ventre materno.

O texto do manifesto recorda a inviolabilidade da vida humana desde sua concepção, o direito à objeção de consciência e pede procurar alternativas humanitárias para evitar o aborto, ante os projetos de lei apresentados na Câmara de Deputados da Nação para legalizar o aborto por estupro e por risco para a saúde da mãe.

Os peritos afirmam que "a eliminação de um ser humano inocente é sempre inaceitável, ética e medicamente falando" e "provocar abortos para evitar abortos é tão contraditório como combater a morte ocasionando a morte, ou eliminar a enfermidade, matando o doente".

Os médicos sustentam que "a estratégia mais eficaz para prevenir e evitar o aborto é a educação moral e ética, sobre tudo na infância, na adolescência e na juventude".

Nos casos de aborto por estupro, pedem "castigar o violador, não a criança inocente, fruto do ato delitivo" e destacam que "a adoção por terceiros é uma estratégia humanitária de indubitável valor".

Também recordam que "existem situações de conflito entre a vida da mãe e a vida do filho. Em tais casos o médico pode atuar à luz do 'Princípio de Duplo Efeito'" com procedimentos para salvar a vida da mãe ou do filho, conforme seja o caso, que não procuram a morte do bebê mas salvar uma vida.

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