A imprensa local informou que o Secretário de Saúde, Andrew Lansley, pediu à Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia (HFEA) avaliar um tratamento de fertilidade que permitiria aos médicos britânicos engendrar bebês com o material genético de três pessoas, duas mulheres e um homem.

O Ministério de Saúde britânico espera luz verde para provar o procedimento desenvolvido pela Universidade de Newcastle, que expõe o uso dos óvulos de duas mulheres e o esperma de um varão para evitar que os bebês fecundados in vitro apresentem enfermidades mitocondriais genéticas que são transmitidas por via materna.

O método da Universidade de Newcastle consiste em extrair os núcleos do espermatozóide do pai e o óvulo da mãe de um embrião fecundado in vitro. Os núcleos são implantados posteriormente no óvulo de uma mulher sã o qual foi despojado do seu núcleo e conserva suas mitocôndrias sãs.

Em declarações à BBC, David King, diretor do Human Genetics Alert recordou que "quanto mais se manipulam os embriões, maior risco existe".

Por sua parte, Alison Murdoch, diretora do departamento de medicina reprodutiva na Universidade de Newcastle, disse o processo de revisão pode tomar um ano e admitiu os riscos.

"É obvio que nenhum tratamento é sempre livre de risco e se existirem riscos será preciso quantificá-los para que os médicos possam falar a respeito dos riscos relativos e os benefícios com os pacientes e suas famílias", indicou.

O painel da HFEA deveria apresentar seu relatório ao governo no próximo mês.

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