BOGOTÁ, 26 de jul de 2011 às 12:09
A Igreja Católica na Colômbia e numerosas denominações cristãs solicitaram à Corte Constitucional que não equipare as uniões de pessoas do mesmo sexo ao matrimônio nem lhes outorgue a potestade de adotar menores, pois isso "afetaria as famílias colombianas e os valores éticos da pátria".
A Corte Constitucional da Colômbia, que em maio de 2006 emitiu uma sentença a favor da despenalização do aborto em três casos, deverá pronunciar-se esta terça-feira 26 de julho a favor ou contra a equivalência das uniões homossexuais ao matrimônio.
Em um comunicado de imprensa com data de 22 de julho, que leva por título "Homem e mulher os criou", os líderes cristãos precisam primeiramente que "não cessaremos de respeitar e acolher como pessoas, filhos e filhas de Deus que são, os que sofrem tendências homossexuais e condenar com veemência todo eventual ato de maltrato social ou de violência contra eles".
O texto assinala que "não se pode constituir um verdadeiro matrimônio ou uma verdadeira família sobre o vínculo de dois homens ou duas mulheres e muito menos se pode atribuir a essa união o direito de adotar menores de idade".
Por estas e uma série de razões antropológicas e psicológicas, os colombianos convidaram respeitosamente "aos magistrados da Corte Constitucional a decidir sobre esta importante matéria tendo presentes as profundas implicações sociais de sua sentença, o bem das famílias colombianas e os valores éticos da Pátria".
Depois de reiterar seu compromisso com a família constituída no matrimônio entre homem e mulher, os assinantes do comunicado alentaram o povo colombiano a ser fiel "aos ensinos do Evangelho de Cristo e ao autêntico espírito do artigo 42 de nossa Carta Magna, que declara a instituição matrimonial como união entre um homem e uma mulher".
Sobre este tema, o Secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Juan Vicente Córdoba, disse que o "matrimônio entre homem e mulher é ditado por Deus" e acrescentou que "os homossexuais nós os respeitamos e queremos como filhos de Deus, façam o que queiram, mas que não mudem as leis dos bons costumes do nosso país"
O comunicado está assinado por Dom Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá e Presidente da CEC, Dom Juan Vicente Córdoba, Juan Alberto Cardona, bispo da Igreja colombiana metodista, Athenagoras, arcebispo Igreja Ortodoxa Grega, o pastor Edgar Castaño, Presidente do Conselho Evangélico da Colômbia CEDECOL, e 300 outros pastores de diversas confissões cristãs.