WASHINGTON DC, 21 de mai de 2012 às 21:23
Nesta segunda-feira, 21, 43 organizações católicas dos Estados Unidos processaram a administração do governo do presidente norte-americano Barack Obama em rechaço ao mandato que obrigaria estas instituições, a partir de agosto de 2013, a comprar planos de saúde que cobrem a anticoncepção, fármacos abortivos, e outros métodos anti-vida.
Os julgamentos assinalam basicamente que o mandato federal estabelecido pela secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, –católica que em seu estado de Kansas foi proibida pelo Arcebispo de comungar– viola a liberdade religiosa.
O mandato abortista recebeu uma dura crítica de parte de muitos bispos nos Estados Unidos, que animaram, entre outras coisas, a estar preparados "para ir à prisão" ou recordando que "se conseguimos (como Igreja) sobreviver ante os nazistas, sobreviveremos ante Obama".
Os processos foram apresentados por várias dioceses, hospitais, universidades e organizações católicas de diversas índoles. Estas 43 organizações apresentaram em total 12 processos legais ao longo do país.
O anúncio foi aplaudido pelo Arcebispo de Nova Iorque, Cardeal Timothy Dolan, quem afirmou a respeito que esta é "uma amostra comprometida da unidade da Igreja em defesa da liberdade religiosa".
"Nós tentamos negociar com a administração e a legislação no Congresso –e continuaremos fazendo– mas ainda não há nada". "O tempo está acabando e nossos valiosos ministérios e direitos fundamentais estão por um fio, assim, agora vamos às cortes", explicou em uma declaração com data de hoje o Cardeal.
Conforme assinala o jornal católico Our Sunday Visitor, que também é uma das entidades que processam o governo norte-americano, entre as 43 organizações estão as arquidioceses de Nova Iorque e Washington, assim como outras instituições de caridade.
Entre as universidades que se uniram a esta causa estão a Catholic University of America, a University of Notre Dame e a Franciscan University of Steubenville. O Reitor da Notre Dame, Pe. John Jenkins, disse que o julgamento foi apresentado "nem ligeira nem alegremente, mas com uma sóbria determinação".
"Não procuramos impor nossas crenças religiosas a outros", explicou o reitor em um correio eletrônico aos trabalhadores da Universidade, "mas simplesmente pedimos ao governo que não imponha seus valores à Universidade quando essas perspectivas estão em conflito com nosso ensinamento religioso", acrescentou.