Autores de um novo livro sobre a perseguição mundial dos cristãos advertiram que os americanos e a comunidade internacional devem reconhecer a grave ameaça que os fiéis estão enfrentando  em todo o mundo.

"Quando a liberdade religiosa está começando a ser eclipsada, conduz inevitavelmente à perseguição genuína", disse o moderador de um painel de experts no assunto, Eric Metaxas em recente uma palestra na capital da nação, Washington DC.

Metaxas é conhecido por seus livros sobre os cristãos William Wilberforce e Dietrich Bonhoeffer, que trabalharam  para lutar contra as opressões da escravidão e do regime nazista, respectivamente. Ele também falou sobre a perseguição religiosa no National Prayer Breakfast (em tradução livre: o Café da manhã de Oração Nacional que se realiza na Casa Branca) e outros locais.

Outros participantes do painel deste 27 de março foram os advogados do Hudson Institute of religious freedom  Nina Shea, Paul Marshall e Lela Gilbert, co-autores do novo livro "Perseguidos: O assalto Global dos Cristãos" .

Os autores mencionam que uma ampla variedade de organizações de pesquisa e instituições sem fins lucrativos têm constatado a perseguição que os cristãos enfrentam em todo o mundo.

"Os cristãos são o grupo mais amplamente perseguidos no mundo", disse Shea, explicando que a evangelização e muitas outras atividades centrais para a fé cristã são proibidas em vários países.

Shea, um advogado de direitos humanos internacionais, também afirmou que "a Coréia do Norte é o pior lugar para ser cristão."

Marshall elaborou sobre esta afirmação, dizendo que, embora haja abusos dos direitos humanos cometidos contra muitos dentro do país na Coréia do Norte os cristãos enfrentam um tratamento particularmente difícil.

"Não há um cristão na Coréia do Norte, que não seja perseguido", disse ele.
Marshall também explicou que a perseguição dos cristãos afeta pessoas de outras religiões, como no mundo muçulmano.

"Os muçulmanos que não foram radicalizados, mas estão se tornando assim", disse o perito, devido à pressão de "islâmicos e grupos extremistas." Devido a essas pressões " os muçulmanos amante da liberdade estão sendo silenciados."

Apesar das graves ofensas aos direitos humanos que os cristãos enfrentam em todo o mundo, "há muito pouca consciência do que está acontecendo ao redor", continuou Marshall.

Sob o termo "tolerância" usado em vez de "liberdade de religião os palestrantes explicaram que funcionários norte-americanos terminam enfraquecidos na hora de criticar restrições da expressão religiosa no mundo. Além do fato de que os próprios Estados Unidos não querem ser reconhecidos como uma nação cristã.

Além disso, ele acrescentou que parece que a comunidade internacional não reconhece esta perseguição dos cristãos como um problema real.

Ainda que a liberdade de crença e de expressão seja um direito humano fundamental, as questões políticas, tais como o acesso à contracepção e ao aborto são vistos como uma situação de direitos humanos mais prementes, e que ao final, "alguns direitos terminam sendo mais universais que outros", conclui o perito.