Vaticano, 3 de mai de 2013 às 16:30
Ao presidir a habitual Missa na manhã de hoje na Casa Santa Marta, o Papa Francisco assinalou que a Igreja deve ter coragem, a coragem da oração para poder anunciar o Evangelho; e não deve ser de cristãos mornos já que isto "faz tanto mal à Igreja".
Na Eucaristia que concelebrou o Arcebispo Claudio María Celli, Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, esteve presente a Guarda Suíça Pontifícia com seu comandante Daniel Rudolf Anrig.
O Santo Padre disse que "quando a Igreja perde a coragem, entra nela uma atmosfera morna. Cristãos mornos, sem coragem... Isso prejudica a Igreja, começam os problemas entre nós: não temos horizonte, não temos coragem, nem a coragem da oração para o céu nem a coragem de anunciar o Evangelho. Somos mornos".
"E devemos ter a coragem de enfrentar nossas pequenas coisas, nossos ciúmes, nossas invejas, o carreirismo, de avançar egoisticamente… Em todas estas coisas porque isto não faz bem à Igreja: A Igreja deve ser corajosa! Todos nós devemos ser corajosos na oração, confiando em Jesus!"
O Papa disse que todos os cristãos, os que receberam a fé "devemos transmiti-la, devemos proclamá-la com a nossa vida, com a nossa palavra" para que mais pessoas conheçam a "fé em Jesus Ressuscitado, em Jesus que perdoou os pecados com sua morte e nos reconciliou com o Pai".
"E transmitir isto nos pede ser corajosos: a coragem de transmitir a fé. Uma coragem, algumas vezes, simples. Lembro-me–me desculpem– de uma história pessoal: quando ainda era menino, minha avó toda Sexta-feira Santa nos levava para a procissão das velas e ao final da procissão chegava o Cristo e minha avó nos fazia ajoelhar e dizia às crianças: ‘Vejam que está morto, mas amanhã estará ressuscitado! A fé entra assim: a fé em Cristo morto e ressuscitado. Na história da Igreja foram tantos os que quiseram nublar esta certeza forte e falam de uma ressurreição espiritual. Não, Cristo está vivo!
"Cristo está vivo e está vivo entre nós", disse o Papa depois de reiterar sua exortação a termos a coragem de anunciar sua Ressurreição, a Boa Notícia.
"Jesus –por dizê-lo um pouco fortemente– nos desafia na oração e nos diz assim. ‘E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei.’ … Que forte é isto! (…) Temos esta coragem na oração?".