FILADELFIA, 15 de mai de 2013 às 09:31
Depois de ser condenado pelo assassinato de três bebês nascidos vivos, o abortista Kermit Gosnell recebeu a sentença em 14 de maio à prisão perpétua sem direito a liberdade condicional por duas das três acusações que enfrentou.
Gosnell "aceitou prescindir de todos seus direitos de apelação e uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional em vez da pena de morte", indicou hoje o escritório do fiscal distrital da Filadelfia, Seth Williams.
Por isso, foi "sentenciado imediatamente".
Hoje, 15 de maio, Gosnell voltará ao tribunal para ouvir as sentenças pela morte do terceiro bebê e pelo homicídio culposo de uma paciente em suas instalações, uma mãe que morreu de overdose de medicamentos, assim como de muitos cargos menores.
Nove ex-empregados de Gosnell enfrentaram acusações estatais e federais pelos seus atos na clínica do médico abortista. Oito se declararam culpados de várias acusações no caso, três deles por assassinato em terceiro grau.
O ex-empregado Stephen Massof disse no tribunal, a inícios de abril, que viu aproximadamente 100 bebês nascidos vivos, que foram "cortados com tesouras" na nuca por trabalhadores da clínica para assegurar sua morte.
Massof está na prisão depois de ter-se declarado culpado de assassinato em terceiro grau, pela morte de dois recém-nascidos.
Em um relatório elaborado em janeiro de 2011, o fiscal distrital encontrou que o Departamento de Saúde da Pensilvânia teve contato com a clínica de Gosnell em 1979, o ano em que ela foi aprovada. Logo depois disso, o departamento não realizou nenhuma supervisão ao lugar até 1989, quando encontrou "numerosas violações".
Duas novas supervisões ao lugar, em 1992 e 1993, encontraram mais violações, mas não se fizeram correções.
"Com a mudança de administração do Governador Casey ao Governador Ridge", assinalou o relatório, "as autoridades concluíram que as inspeções ‘colocariam uma barreira para as mulheres’ que procuram abortos. Era melhor deixar às clínicas fazerem o que quisessem (...)".
O nome de Gosnell se converteu em um grito de guerra para os defensores da vida, que criticaram a escassa cobertura deste julgamento por parte dos meios de comunicação. Seus esforços nas redes sociais ajudaram a atrair a atenção ao caso.