VATICANO, 20 de jun de 2013 às 15:56
Em sua audiência aos participantes na 86ª assembleia plenária da ROACO –Reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais– o Santo Padre Francisco falando da Terra Santa, Síria e Iraque, dirigiu um chamado aos líderes das nações, das organizações internacionais e aos crentes de todas as religiões para que terminem com a violência e com todo tipo de discriminação religiosa, cultural e social.
E desejou que o "confronto que semeia morte deixe espaço ao encontro e à reconciliação que leva vida".
O Santo Padre exortou logo a que "façam tudo o que seja possível para aliviar as graves necessidades das populações atingidas, em particular as sírias, o amado povo da Síria, os deslocados, os refugiados sempre mais numerosos. O próprio Santo Inácio de Antioquia pedia aos cristãos de Roma: ‘lembrem-se em vossa oração da Igreja na Síria… Jesus Cristo se voltará a ela e à sua caridade’".
"Ao Senhor da vida, confio as incontáveis vítimas e imploro à Santíssima Mãe de Deus para que console quantos estão na ‘grande tribulação’. É verdade, isto na Síria é uma grande tribulação!"
"A presença dos Patriarcas de Alexandria dos Coptos e da Babilônia dos Caldeus, como os Representantes Pontifícios na Terra Santa e na Síria, do Bispo auxiliar do Patriarca de Jerusalém e da Custódia da Terra Santa, levam-me com o coração aos Lugares Santos da nossa Redenção", assinalou o Papa.
"Reaviva em mim a viva preocupação eclesial com as condições de tantos irmãos e irmãs que vivem em uma situação de insegurança e de violência que parecem intermináveis e não poupa os inocentes e os mais frágeis. A nós crentes é pedido a oração constante e confiante para que o Senhor conceda a desejada paz, unida à partilha e à solidariedade concreta".
O Papa Francisco expressou sua profunda gratidão "pela fidelidade a Cristo, ao Evangelho e à Igreja, que os católicos têm demonstrado ao longo de séculos, enfrentando todo cansaço pelo nome cristão e conservando a fé... Como os meus Predecessores, desejo encorajar-vos e apoiar-vos no exercício da caridade, que é o único motivo de orgulho para os discípulos de Jesus".
"Esta caridade vem do amor de Deus em Cristo: a Cruz é o seu vértice, sinal luminoso da misericórdia e da caridade de Deus para com todos, que foi derramada em nossos corações por meio do Espírito Santo".
O Santo Padre reiterou sua exortação à caridade e à fé, enraizadas na oração e na Eucaristia, e disse que "estes projetos devem ser sinais daquela profissão de amor de Deus que constitui a identidade cristã... A Igreja é de Deus, tem confiança na sua presença e na sua ação e leva ao mundo o poder de Deus que é aquele do amor".