Dois sacerdotes grego-católicos da Síria denunciaram à agência vaticana Fides a trágica história de Mariam, uma adolescente cristã que foi estuprada e assassinada por 15 extremistas islâmicos.

Segundo os sacerdotes identificados somente como Pe. Issam e Pe. Elías, Mariam tinha 15 anos de idade e morava em Qusari, a 35 quilômetros de Homs, Síria. Milicianos vinculados ao grupo jihadista muçulmano "Jabhat al-Nusra", conquistaram e ocuparam a cidade. Sua família pôde escapar, mas ela foi obrigada a contrair matrimônio islâmico.

O comandante do batalhão "Jabhat al-Nusra" em Qusair, casou com ela, a estuprou e depois a repudiou. No dia seguinte, a jovem foi obrigada a casar-se novamente com outro militante islâmico, que também a violentou e depois a repudiou.

Esta situação se repetiu durante 15 dias. Mariam foi estuprada e repudiada por 15 homens diferentes com devastadoras consequências físicas e psicológicas.

A adolescente foi classificada como uma demente e acabou sendo assassinada.

Fides recorda que através das redes sociais, difundiu-se na Síria "uma lei religiosa" emitida por Yasir al-Ajlawni - um xeque salafista de origem jordaniana que reside em Damasco-, que declarou lícito para os opositores ao regime do presidente sírio Bashar Al-Assad, o estupro cometido contra "qualquer mulher síria não sunita".

Segundo esta "lei religiosa", capturar e violentar mulheres alauítas ou cristãs, não seria contrário aos preceitos do Islã.

O Pe. Issam e o Pe. Elías denunciaram que "estas atrocidades não são contadas por nenhuma Comissão Internacional". "Quem irá fazer alguma coisa para proteger os civis, os mais vulneráveis?", questionaram.

A agência Fides, responsável por reunir a informação que recolhem os missionários de todo o mundo, sublinhou que a história de Mariam "é um sinal da brutalidade do conflito e da extrema vulnerabilidade das minorias religiosas" no país, submergido em uma confusa guerra civil há mais de dois anos.

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