CAIRO, 23 de ago de 2013 às 12:43
Pela primeira vez em 1600 anos se tomou a decisão de suspender as Missas dominicais frente ao aumento de ataques contra os cristãos em mais de 60 lugares do Egito entre Igrejas, conventos, escolas e instituições, cometidos pela autodenominada "Irmandade Muçulmana".
"Não vamos no mosteiro no domingo para rezar pela primeira vez em 1 600 anos", assinalaram ao jornal al-Masry al-Youm os sacerdotes Selwanes Lotfy do Mosteiro da Virgem Maria e Ibram Monastery em Degla, no sul de Minya.
O Padre Lotfy disse que os muçulmanos destruíram o lugar onde está o mosteiro e que, além do mosteiro, tem três Igrejas, uma das quais é patrimônio arqueológico. "Um dos extremistas escreveu na parede do mosteiro: ‘doem isto aos mártires da mesquita’", indicou.
Os cristãos coptos são aproximadamente 10 por cento da população total do Egito que chega a mais de 80 milhões de habitantes. Esta comunidade sempre sofreu a perseguição por parte dos extremistas muçulmanos. Nestes dias a violência se intensificou, como resultado da violência entre os bandos que apoiam e os que estão contra do deposto presidente Mohamed Morsi.
Os enfrentamentos destes dias já cobraram a vida de pelo menos mil pessoas, muitos cristãos entre eles, vítimas dos ataques aos lugares de culto e de propriedade da minoria cristã.
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