MELBOURNE, 24 de set de 2013 às 23:03
O Papa Francisco expulsou do estado clerical e excomungou Greg Reynolds, porque nunca deixou de celebrar publicamente a Eucaristia difundindo doutrinas contrárias aos ensinamentos da Igreja, como o sacerdócio feminino e o mal chamado "matrimônio" homossexual, apesar de ter sido suspenso no seu ministério pela Arquidiocese de Melbourne (Austrália).
Conforme informou o meio australiano The Age, o documento de excomunhão foi enviado a Reynolds em 31 de maio deste ano, depois da Congregação para a Doutrina da Fé intervir no seu caso e com a autorização do Santo Padre.
O ex-sacerdote foi afastado do seu cargo de pároco em 2011 e fundou no ano passado a organização "Católicos Inclusivos", devido a sua "crescente convicção de que a Igreja Católica institucional estava equivocada no seu ensinamento sobre a ordenação de mulheres e a homossexualidade".
No site da sua nova organização, Reynolds anuncia que realiza todos os domingos uma "Eucaristia Inclusiva".
Apesar disto, o ex-sacerdote assegurou à imprensa australiana que ele esperava ser expulso do estado clerical, mas não excomungado, e assegurou ainda que esta sanção não afetará o trabalho na sua nova organização.
"No passado a excomunhão era um tema muito sério, mas hoje a hierarquia tem perdido a confiança e o respeito", disse.
Já em agosto de 2012 o Arcebispo de Melbourne (Austrália), Dom Denis Hart, advertiu a Reynolds sobre a sua situação "irregular", pois continuava celebrando publicamente a Eucaristia mesmo estando suspenso do ministério ativo.
Dom Hart também advertiu a Reynolds nessa ocasião sobre a sua escolha de "atuar ‘de forma independente’ e prover ‘formas alternativas de Eucaristia’, nenhuma das quais estavam de acordo com um desejo de atuar em comunhão com a Igreja".