Vaticano, 7 de dez de 2013 às 16:06
Ao receber hoje em audiência os participantes da Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, o Papa Francisco assegurou que a Internet, apesar dos riscos que apresenta, brinda oportunidades para aproximar as pessoas de Deus, por isso é indispensável a presença da Igreja neste âmbito para evangelizar.
O Santo Padre assinalou que “ainda entre as oportunidades e os perigos da rede, deve-se ‘discernir tudo’, conscientes de que certamente encontraremos moedas falsas, ilusões perigosas e armadilhas a evitar. Mas, guiados pelo Espírito Santo, descobriremos também valiosas oportunidades para conduzir os homens ao rosto luminoso do Senhor”.
Francisco indicou que entre as possibilidades que oferece a comunicação digital, “a mais importante se refere ao anúncio do Evangelho”.
Entretanto, advertiu: “não basta adquirir os conhecimentos tecnológicos, embora estes sejam importantes. Trata-se acima de tudo de encontrar homens e mulheres reais, frequentemente confundidos e feridos, para oferecer-lhes verdadeiras razões para a esperança”.
A evangelização na Internet “requer relações humanas autênticas e diretas para culminar em um encontro pessoal com o Senhor” e para isso “a Internet não basta, a tecnologia não é suficiente”, destacou.
“Mas isso não quer dizer que a presença da Igreja na rede é inútil. Muito pelo contrário, é indispensável estar pressentes, sempre com estilo evangélico, para muitas pessoas, especialmente os jovens, já que a internet converteu-se em uma espécie de ambiente de vida para despertar as perguntas incessantes do coração sobre o sentido da existência e indicar o caminho que conduz Àquele que é a resposta, a Misericórdia Divina feita carne, o Senhor Jesus”.
O Papa recordou o 25º aniversário da carta apostólica Mulieris dignitatem do Beato João Paulo II, assim como a recente Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, cujo lema, “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”, ressalta “a dimensão missionária da vida cristã, a necessidade de sair ao encontro daqueles que esperam a água viva do Evangelho, os pobres e os excluídos”.
“Vimos em primeira mão como a missão de Igreja brota da alegria contagiosa do encontro com o Senhor, que se transforma em esperança para todos".
O Santo Padre assinalou que “a Igreja está sempre em caminho, em busca de novos caminhos para anunciar o Evangelho. E a contribuição e o testemunho dos fiéis leigos se mostram cada dia mais indispensáveis”.