ROMA, 17 de jan de 2014 às 15:50
“Foi o momento mais emocionante da minha vida como artista", assinalou o jovem brasileiro Rogerio Piva, malabarista do Circo de Ouro de Roma (Itália) logo depois de atuar diante do Papa Francisco na Praça de São Pedro.
“Sempre foi uma arte da rua, inclusive quando o fazia nos semáforos. Estava sempre na rua e agora estava diante do Papa, e ele estava prestando atenção em mim”, expressou emocionado.
Na audiência geral da quarta-feira passada, dia 8 de janeiro, Piva junto com outros artistas circenses tiveram a oportunidade de apresentar ao Santo Padre por ocasião do 30º aniversário do circo, uma seleção especial do seu último show apresentado em Roma desde dezembro 2013 até janeiro 2014.
Para eles este era um “encontro emocionante” e uma oportunidade para mostrar a “harmonia” de um circo.
Piva contou ao Grupo ACI que “ele (o Papa) olhava para mim, mostrando ao mundo que o circo tem um espaço e deve ser respeitado, que o circo é uma arte que pode mudar vidas”, e destacou que o circo é "uma arte de amor, de compartilhar, que vai mais além dos nossos corações com uma mensagem de paz, alegria e harmonia entre as famílias, os artistas e toda a sociedade”.
Expressou que ao estar diante do Papa “eu não sei se tinha mais medo ao frio, ao Papa ou às milhares de pessoas que estavam atrás de mim. Assim não queria pensar em nada", e que apenas atuou.
Piva também disse ao Grupo ACI que durante a atuação "as pessoas nos olham não apenas como artistas, mas também como parte de uma arte que revoluciona o mundo com amor, com sorrisos, com alegria" e ressaltou que "este é o poder que as pessoas de hoje, do século XXI esqueceram".
O malabarista brasileiro chegou ao circo como parte de um programa especial iniciado pelo governo para meninos de rua e relatou que suas primeiras audiências foram as ruas do seu país natal até que foi descoberto por um grande circo que lhe ofereceu um contrato e agora viaja "pela América e agora estou aqui na Europa", manifestou.
No grupo também estava Andrea Andreuzzi, o mestre de cerimônias do circo, que disse que "esta foi a primeira vez que me apresento diante do Papa e foi verdadeiramente muito emocionante”.
Assinalou que “me senti muito comovido ouvindo suas palavras quando disse: ´que os artistas de circo dão alegria e serenidade ao mundo e o mundo precisa da alegria e da serenidade' ", o mestre de cerimônias confessou ao Grupo ACI que ao escutar o Papa “nesse momento me senti orgulhoso de ser um artista de circo e continuarei me sentindo assim”.
A diretora do circo, Liana Orfei, também declarou ao Grupo ACI que a atuação para o Santo Padre "foi uma grande emoção. Quando este Papa nos recebeu em São Pedro, foi tão grande e importante que senti que tinha asas e estava voando e voando no paraíso".
Orfei , que provém de uma família que há 270 anos está no negócio do circo, reuniu-se pessoalmente com cinco Papas: João XXIII, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e agora com o Papa Francisco.