GENEBRA, 23 de jan de 2014 às 17:44
O Observador Permanente da Santa Sé em Genebra (Suíça), Dom Silvano Tomasi, pediu como parte da solução ao conflito na Síria, que o cessar fogo imediato e incondicional seja parte das negociações.
Assim o expressou ontem durante a Conferência Internacional sobre a Síria que se realiza em Montreux (Suíça), e onde participam também representantes do regime de Bashar al Asad e dos rebeldes.
“Não há uma solução militar à crise síria. A Santa Sé está convencida de que a violência não conduz a nada, exceto à morte, à destruição e à falta de futuro e renova o seu urgente chamado às partes envolvidas a que respeitem plena e absolutamente o direito humanitário”, expressou o Prelado.
Dom Tomasi apresentou várias propostas, destacando “o cessar fogo imediato e incondicional e o fim da violência de qualquer tipo como prioridade e objetivo urgente destas negociações”, às que incluiu a necessidade de que todas as armas sejam entregues e de dirigir o dinheiro que se investe nelas para a assistência humanitária.
O representante vaticano ante a ONU também pediu o compromisso generoso da comunidade internacional e o apoio aos jovens sírios para que sejam “os protagonistas de um futuro pacífico e criativo de seu país”.
“A Santa Sé alenta encarecidamente todas as confissões e comunidades religiosas na Síria a conhecer-se melhor, a uma melhor compreensão e ao restabelecimento da confiança”, expressou.
“É importante que as potências regionais e internacionais propiciem o diálogo constante e que enfrentem os problemas regionais. A paz na Síria poderia converter-se em um catalisador da paz em outras partes da região, e em um modelo dessa paz que se necessita com tanta urgência”.
Dom Tomasi recordou que a Santa Sé acompanhou com atenção a crise síria desde seus inícios. O Papa Francisco, assinalou, elevou sua voz várias vezes contra “a futilidade da violência, convidando a uma solução negociada dos problemas e manifestando o desejo de uma participação justa e equitativa na vida social”. “A cultura do encontro, a cultura do diálogo,-finalizou- são o único caminho para a paz”, finalizou.