BRASILIA, 3 de ago de 2017 às 16:30
São João Bosco tem uma profunda ligação com o Brasil, por ter “profetizado” a sua capital federal 77 anos antes de sua construção e, por isso, Brasília receberá uma relíquia do santo que ficará na cidade permanentemente.
No mês em que os salesianos comemoram o aniversário de seu fundador (16 de agosto), a Congregação no Brasil comemora também a chegada da relíquia do santo em Brasília, um presente do Reitor-mor, Padre Ángel Fernández Artime.
Trata-se de uma urna contendo uma estátua em tamanho real de Dom Bosco, réplica da que se encontra em Turim (Itália) com os restos mortais do santo. Na urna que veio para o Brasil encontra-se um pedaço de osso rádio do braço direito, com o qual ele estendia sua mão aos jovens e abençoava a todos.
“Somos profundamente gratos ao Reitor-mor e ao Conselho Geral por esta decisão”, declarou ao site ‘Boletim Salesiano’ Padre Orestes Fistarol, inspetor da Inspetoria São João Bosco (ISJB), da qual fazem partes as unidades de Brasília.
O Sacerdote salesiano expressou o desejo de que “no futuro os que tiverem contato com a urna no Santuário de Brasília possam se sentir motivados como Dom Bosco a trabalhar ‘com os jovens e para os jovens’”.
A recepção da relíquia está sendo comemorada com diversas atividades, como a peregrinação da urna por comunidades salesianas, nas quais programações especiais com oração e apresentações artísticas são realizadas pelos jovens e educadores.
A programação inclui ainda o lançamento de novo site do Santuário Dom Bosco. No dia 27 de agosto, as relíquias chegam ao Santuário, quando haverá a tradicional Caminhada Dom Bosco, bênção e inauguração da cripta do Santo.
A caminhada, prevista para as 8h30, sairá da Catedral de Brasília rumo ao Santuário, reunindo cerca de mil jovens e pessoas da comunidade. Haverá uma celebração eucarística, às 10h30, presidida pelo Arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Sérgio da Rocha, e concelebrada por salesianos.
Dom Bosco e Brasília
Em 1883, pouco mais de um mês após a chegada dos primeiros salesianos ao Brasil, Dom Bosco sonhou que sobrevoava uma região que ia da Cordilheira dos Andes até o Oceano Atlântico: era a vastidão da missão salesiana na América.
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Entre os paralelos 15 e 20, quando avistava uma enseada bastante longa e larga, ele ouviu uma voz dizer, repetidamente: “Quando se vier a cavar as minas escondidas no meio destes montes, aparecerá aqui a terra prometida que vai jorrar leite e mel. Será uma riqueza inconcebível”.
Foi exatamente nesta coordenada geográfica que Brasília foi construída e inaugurada, em 1960. Por isso, São João Bosco é copadroeiro da capital do Brasil, junto com Nossa Senhora Aparecida.
Na época da construção da cidade, o primeiro ferro e cimento que chegaram ao canteiro de obras, em 1955, foram empregados na construção de uma ermida em homenagem ao santo, localizada no ponto exato da passagem do paralelo 15, um dos marcos da localização sonhada por Dom Bosco.
A cidade conta também com um Santuário dedicado ao santo, “uma das mais conhecidas Igrejas do Brasil”, conforme sublinhou ao ‘Boletim Salesiano’ Padre Agnaldo Soares, vigário paroquial do Santuário. Dom Bosco.
Com a cripta de São João Bosco no Santuário, o sacerdote espera que as visitações serão intensificadas e a devoção ao santo será fortalecida. Atualmente, o templo recebe em média 2 mil pessoas por mês. Agora, a expectativa é que esse número duplique.
“Dom Bosco é considerado pela Igreja pai e mestre dos adolescentes e jovens. A expectativa é que, além de ser um novo local de peregrinação para a comunidade, haja o despertar na devoção a São João Bosco como protetor da juventude”, expressou.
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— ACI Digital (@acidigital) 16 de junho de 2017