MADRI, 23 de jun de 2016 às 07:00
Depois do anúncio da canonização do bispo espanhol e beato Manuel González García, a religiosa Mónica Yuan, responsável pela causa, explicou alguns pontos mais importantes da vida do futuro santo e como seu amor pela Eucaristia é um exemplo para o mundo.
O Papa Francisco decidiu que a canonização do Bispo de Málaga e Palencia (Espanha) seja realizada no próximo dia 16 de outubro. Segundo informações do site da Diocese de Madri, Yuan indicou que o reconhecimento da santidade do bispo é importante porque “sua maneira de viver pode nos ajudar a ser santos”.
“O Beato Manuel González foi um homem muito comprometido com seu tempo”, afirma a religiosa. Sua “forte experiência de encontro com Jesus na Eucaristia ante o que ele chamou de sacrário abandonado, foi onde descobriu que Jesus estava aí, embora os homens não estivessem com ele”, acrescentou.
Ver que os homens “tinham perto deles a fonte da felicidade e não se aproximavam, mudou a sua vida”, assegura a religiosa que pertence às Missionárias Eucarísticas de Nazaré, congregação fundada pelo futuro santo em 1921. Sua profunda devoção a Jesus Sacramentado fez com que fosse conhecido como o “apóstolo da Eucaristia”.
Esse momento mudou a sua vida e fez com que se orientasse para que “as pessoas conhecessem esse Jesus que está na Eucaristia por nós e para cada um de nós”, assegurou a irmã Mónica.
Diante da próxima canonização, Mónica Yuan precisou que receberam esta notícia com “muita alegria, porque na tarefa que cada um tem, o encontro com Jesus Eucarístico muda a vida e dá um sentido a tudo, tanto pequeno quanto grande”.
Nesse sentido, aponta que “o beato Manuel González tinha uma missão concreta que esteve cheia de amor a Jesus Eucarístico. Foi uma pessoa que se entregou ao povo, às pessoas e significativa para toda a Igreja”.
Biografia
Manuel González García nasceu em Sevilha, em 25 de fevereiro de 1877. Sua vida foi marcada pela sua devoção ao Santíssimo Sacramento, por isso é também conhecido como “o Bispo do Sacrário abandonado”.
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Foi o fundador da União Eucarística Reparadora e da Congregação das Missionárias Eucarísticas de Nazaré.
Seu amor à Eucaristia começou um ano depois da sua ordenação sacerdotal, quando encontrou um sacrário muito descuidado. Este fato o impressionou bastante e o levou a refletir sobre os péssimos cuidados que a Eucaristia recebe em várias partes do mundo.
Em 1931 fugiu de Málaga (Espanha) devido à perseguição religiosa e à destruição do palácio episcopal.
Em 1935 foi nomeado Bispo de Palencia, onde dedicou seus últimos anos de ministério episcopal. Morreu em 4 de janeiro de 1940 e foi enterrado na Catedral de Palencia. Em seu epitáfio, que ele mesmo escreveu, se lê: “Peço ser enterrado junto a um sacrário, para que meus ossos, depois de morto, como a minha língua e a minha pena durante a vida, estejam sempre dizendo aos passantes: Aí está Jesus! Aí está! Não O deixeis abandonado!”.
São João Paulo II declarou suas virtudes heroicas em abril de 1998 e aprovou o milagre atribuído a sua intercessão para a beatificação em dezembro de 1999.
Confira também:
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— ACI Digital (@acidigital) 20 de junho de 2016