A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou uma verba de US$ 1,9 trilhões no último sábado sem nenhuma defesa contra o uso da mesma para financiar abortos. A verba aprovada cobrirá gastos com vacinas, testes e vigilância sanitária, além de prover um auxílio financeiro para famílias americanas.
 
A lei que disciplina o uso da verba não inclui a proibição de financiamento de abortos, o que a Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos e grupos pró-vida consideram que vai aumentar a quantidade de dinheiro público disponível para abortos.  
A emenda Hyde, aprovada em 1976 e renovada todo ano como parte de leis orçamentárias, proíbe o uso de verbas federais americanas para abortos a não ser em caso de risco à vida da mãe. A verba para Covid-19 aprovada no Congresso em 2020 mantinha os termos da emenda Hyde e proibia afiliadas à Planned Parenthood, maior provedora de abortos nos EUA, de receber empréstimos de emergência. O pacote aprovado agora não inclui nenhuma dessas proteções.
 
O vice-líder da bancada pró-vida da Câmara, deputado Chris Smith (Republicano de New Jersey) disse que a ausência dos termos da emenda Hyde é uma “mudança radical em relação a todos os outros pacotes de ajuda contra a COVID” e uma mudança que “torna obrigatório o financiamento de abortos eletivos pelos pagadores de impostos.”
 
“Bebês não nascidos precisam que o presidente dos EUA e os membros do Congresso sejam seus amigos e defensores, não seus adversários”, disse Smith em seu discurso na Câmara.

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Desde 1976 a emenda Hyde sofre oposição de parlamentares pró-aborto que tentam derrubá-la. O presidente dos EUA John Biden disse, durante sua campanha, que era favorável à manutenção da emenda.
 
Traduzido e adaptado por Marcelo Cavallari, originalmente publicado em CNA
 
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