MADRI, 31 de jan de 2007 às 03:25
A diocese da Cartagena abriu no sábado passado, 20 de janeiro, o processo de canonização de 61 mártires da perseguição religiosa que aconteceu na Espanha entre 1936 e 1939.
A cerimônia de abertura, realizada no Salão do Trono do Palácio Episcopal, contou com a participação dos familiares das vítimas: sacerdotes, seminaristas, irmãos leigos e laicos que deram sua vida pela fé.
No ato se apresentou ao Bispo da diocese, Dom Juan Antonio Reig Pla, a lista dos mártires, e depois da nomeação do tribunal que seguirá o caso e o juramento de seus membros, o Prelado declarou aberto o processo invocando a Virgem com o canto da Salve.
Por sua parte, a diocese solicitou aos que conheçam algo da vida e a morte destes 61 homens e mulheres: textos, fotografias ou objetos pessoais, possíveis testemunhas, lugar onde estão enterrados, etc., comuniquem ao tribunal.
Segundo testemunhos e relatórios da época, muitos foram torturados antes de sua morte decidida por apunhalamento ou por disparos de bala. Está documentado que alguma vítima foi enterrada viva, a outros arrancaram os olhos, cortaram-lhes as orelhas ou os arrastaram pela cidade, como é o caso do P. Sotero González Lerma, pároco de Carmen, a quem também penduraram na fachada da igreja e colocaram fogo.
Os 61 mártires
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Os sacerdotes assassinados em Cartagena são: José Gómez Llor, José Alfaro Rivas, Patricio Aliaga Rubio, Francisco Ballester Úbeda, Juan Bernal Bernal, Miguel Coronel Bermejo, Sebastián Coronel Bermejo, Agustín Delgado Macián, Antonio Ferra Martínez, Antonio Gallego Alvarado, José García Mercader, Sotero González Lerma, Juan González Rodríguez, Manuel Guzmán Nicolini, Antonio Hernández Ruiz, Ginés Hurtado Lorente, Emilio Illán Jiménez, Andrés López Cutanda, Víctor Lledo Martínez, José Macho Carrasco, José Marín Alonso, Domingo Marín Navarro, Martín Martínez Carrión, Fernando Martínez Gea, José Martínez-Fortún Martínez, Antonio Martínez Urios, Antonio Pascual Navarro, Pedro José Pérez Ruiz, Antonio Pujante Alcaraz, Pedro Quirós Ródenas, Enrique Sánchez Guillén, Francisco Soler Espinosa, José Antonio Tudela Mulero, José Valera Caravaca e Macedonio Vidal Herreno.
Os sacerdotes diocesanos assassinados em outras dioceses que poderiam ser canonizados são: Antonio Marco Sánchez e Matías Martínez Garrido.
Os seminaristas propostos são: José Espinosa Martínez, Antonio García Estañ, José Sánchez Fernández e José María Vidal Monreal.
Na lista figuram os ermitões Juan López Soto y Manuel Orenes Costa, ambos os Irmãos da Luz assassinados em Cartagena.
Os laicos cujas causas foram abertas são: José Castaño Capel, Francisco Coronel Bermejo, Ángel Guirao Girada, Andrés López López, Francisco Luis Pérez-Miravete y Pascual de Riquelme, Ángel Romero Elorriaga, José Sánchez Martínez, José Sánchez Pozuelo, José Antonio López Hernández, José López Hernández, Agustín López Hernández, Pedro Cutillas Sánchez, Francisco Espinosa Gálvez.