Roma, 19 de nov de 2015 às 12:15
A escola Matteotti de Florença (Itália) proibiu um passeio escolar na exposição de arte sacra ‘Beleza divina’ a fim de não ofender os seus alunos muçulmanos.
#Arte «La crucifixión blanca», de Marc Chagall, 1938. Instituto de Arte de Chicago, Illinois, EE. UU. pic.twitter.com/pCFxm1bdP7
— HistorEduca (@HistorEduca) September 19, 2015
A exposição de arte acontece no Palazzo Strozzi de Florença até o dia 24 de janeiro. Durante sua visita à cidade italiana no último 10 de novembro, o Papa Francisco visitou a exposição e viu um de seus quadros favoritos, “A crucificação branca” de Marc Chagall, que faz referência ao holocausto judeu.
A exposição inclui obras de Van Gogh, Picasso, Henri Matisse, entre outros.
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O escritor italiano Claudio Magris, ganhador do prêmio Príncipe de Astúrias das Letras, criticou a medida da escola italiana em um artigo publicado no jornal ‘Corriere della Sera’.
Segundo Magris, “somente um demente ou um fanático racista” pode temer que as obras que fazem parte da exposição ‘Beleza divina’ “possam ofender a fé ou convicções de alguém”.
A polêmica causada devido à decisão da escola italiana chegou ao Ministério de Educação. Depois de uma inspeção da instituição governamental, a escola anunciou que a excursão escolar a exposição artística será realizará.
Em um comunicado difundido no dia 16 de novembro, a escola Matteotti se defendeu, assegurando que “não é nem um ‘foco’ de extremistas religiosos ou um ‘foco’ de ateus fundamentalistas”, mas busca que os alunos “coexistam e cooperem” e têm o objetivo “de oferecer às crianças os cursos de formação mais adequados possíveis”.