WASHINGTON DC, 21 de jul de 2015 às 13:00
Abby Johnson, ex-diretora de uma clínica da Planned Parenthood e hoje líder pró-vida, revelou como são processados, no interior de uma instalação abortista, os órgãos de bebês abortados que logo serão vendidos aos laboratórios.
O Center for Medical Progress (CMP, Centro para o Progresso Médico) difundiu recentemente o vídeo de uma reunião com a doutora Deborah Nucatola, diretora executiva de Serviços Médicos da Planned Parenthood Federation of America.
Uma câmera escondida filmou o momento em que dois atores que fingiram estar interessados em tecidos de bebês abortados falam com a doutora Deborah Nucatola, que lhes relata sobre sua experiência para extrai-los durante o procedimento.
Abby Johnson escreveu uma carta aberta à Dra. Nucatola no dia 14 de julho através da página Life Site News, por meio da qual recorda ter estado em uma postura muito parecida com a qual defende atualmente a funcionária da Planned Parenthood.
“Assisti o vídeo e vi o teu rosto. Te escutei falar sobre como extrair partes do corpo dos fetos. Te vi enquanto tomava teu vinho e falava como remover um feto intacto”, escreveu Abby. Entretanto, assegurou-lhe, que não a despreza “porque estava acostumada a reagir como ela”.
“Minha ex-clínica da Planned Parenthood estava acostumada a recolher partes de fetos. Eu estava acostumada a escavar entre seus corpos e os preparava para serem levados ao laboratório de investigação, o qual contratávamos”, recordou Abby.
Abby Johnson trabalhou para a Planned Parenthood durante quase uma década e inclusive se submeteu a dois abortos. Na sua opinião, o que a levou a abandonar a indústria do aborto foi quando viu pela primeira vez um bebê através do ultrassom.
Após abandonar a multinacional abortista, converteu-se ao catolicismo e hoje é uma das principais líderes pró-vida nos Estados Unidos.
Recentemente, recordou em sua carta à Dra. Nucatola, ao brincar com seus filhos descobriu outra das consequências do seu trabalho na Planned Parenthood: detesta o gelo seco.
“Estávamos acostumados a participar de pesquisas nas quais tínhamos que recolher partes de corpos de fetos e enviá-las aos laboratórios de investigação, tudo para investigação com células-tronco”, assinalou.
Abby explicou ainda que “mantínhamos seus pequenos corpos frios e preservados usando gelo seco”.
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A líder pró-vida americana recordou que durante seu trabalho na Planned Parenthood “todo o sangue e as partes do corpo e tecidos extras eram recolhidos dentro de um frasco de vidro. Logo, este frasco chegava no meu laboratório POC (produtos de concepção)”.
“Eu levava o frasco ao nosso lavabo, despejava tudo dentro de um enorme coador, enxaguava o frasco e enxaguava o sangue do coador. Logo depois de que tivesse um corpo limpo, o despejava dentro de um prato de vidro no forno, que estava colocado sobre uma caixa de luz de raios X. Colocava um pouco de água no prato para que as partes do corpo boiassem… isso facilitava o meu trabalho no momento de manipulá-las”.
Abby explicou que, quando o assunto era recolher órgãos de corpos de bebês abortados, “um corpo intacto valia ouro”.
“Um corpo de feto intacto é considerado a perfeição na terra da investigação de tecido fetal”, indicou, embora “as partes desmembradas do corpo também estavam bem… e isso normalmente é o que lhes dávamos”.
“Eu revisava a história clínica da paciente para certificar-me que tivesse assinado o consentimento para que nós doássemos os restos do seu bebê. Quase todas as mulheres doavam, porque lhes convencíamos que através desta doação ajudariam a outros… altruísmo durante o aborto”.
Abby assinalou ainda: “Caso a mulher desse seu consentimento, obtinha as partes desejadas (usualmente todas) e as colocava dentro de um contêiner particular, que nos entregavam através da companhia de investigação”.
“No final do dia, empacotava ordenadamente todos os contêineres na caixa com gelo seco e os enviava”, indicou Abby, “esse foi o meu trabalho durante oito anos”.
“As imagens de corpos pequenininhos sempre estarão gravadas na minha memória”, disse e explicou que “essas difíceis lembranças me recordam pelo que estou lutando”.
A líder pró-vida reiterou sua identificação com a Dra. Deborah Nucatola e assegurou: “entendo o mundo no qual vive. Entendo a cegueira. Não acho que seja uma pessoa malvada. Eu não era uma pessoa malvada”.
Abby encorajou a Dra. Nucatola a abandonar a Planned Parenthood e a unir-se em defesa da vida, assegurando-lhe que em sua organização “queremos que encontre paz. Queremos que encontre a felicidade verdadeira. Sabemos que isso não será possível enquanto estiver envolvida a Planned Parenthood”.
“Com a força que luto para salvar bebês por nascer, luto igualmente com força para salvar a pessoas como você das garras da indústria do aborto”, concluiu Abby Johnson.