PARIS, 12 de set de 2016 às 20:00
O Primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou recentemente que a França enfrenta uma “ameaça máxima” depois das autoridades terem encontrado um veículo com material explosivo próximo à Catedral de Notre Dame na última quinta-feira.
Na quarta-feira, 7 de setembro, a polícia francesa prendeu seis pessoas haver abandonado dias antes, (domingo 3 de setembro), um carro perto da Catedral de Notre Dame, Paris (França) com o pisca alerta ligado, com sete bujões de gás dentro dele, uma manta empapada de gasolina e um cigarro apagado. Não foram encontrados sistemas de detonação.
As autoridades policiais informaram que inicialmente foram presas seis mulheres, das quais quatro foram libertadas posteriormente. Das duas que passaram à disposição policial, uma delas está relacionada com um homem que havia morrido em nome do Estado Islâmico e a outra, Ines Madani, uma jovem de 19 anos proprietária do carro no qual foi encontrado o material explosivo e que havia jurado lealdade ao Estado Islâmico.
“Há mulheres jovens tão radicalizadas quanto homens, que também querem o status de mártir e por isso querem entrar em ação”.
Estas prisões foram “uma corrida contra o relógio” para evitar que pudessem atuar novamente, conforme declarou recentemente o Ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve.
Nos últimos 10 meses mais de 200 pessoas morreram na França, devido aos diferentes ataques terroristas.
A detenção destas duas mulheres no último dia 7 de setembro, está relacionada a três ataques: o carro bomba perto da Catedral de Notre Dame, o assassinato de dois policiais perto de Paris em junho e o assassinato do sacerdote francês, Pe. Jacques Hamel, enquanto celebrava Missa em julho deste ano.
Segundo afirmou Manuel Valls, as autoridades estão monitorando aproximadamente 15.000 pessoas na França, que supostamente estão em processo de radicalização, apontam fontes do CNN.
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Atentados que, segundo informa Associated Press, ocorreram em uma nova fase dentro dos esforços do Estado Islâmico de expandir o terror na Europa.
"Entre algumas mudanças que aconteceram nos últimos meses, a célula jihadista desmantelada estava formada integralmente por mulheres, absolutamente integradas na ideologia do Estado Islâmico”, declarou Francois Molins, magistrado e procurador da República francesa.
O grupo estava dirigido por pessoas na Síria, que converteram estas mulheres em soldados, declarou Molins.
Segundo dados do governo francês, mais de um terço dos 700 cidadãos franceses que viajaram ao Iraque e à Síria são mulheres. Nos últimos meses, aumentou o número de mulheres adolescentes e jovens que o Estado Islâmico recrutou na França.
A França está em estado de emergência desde os ataques incluindo bombardeios perto do Stade de France no subúrbio ao norte de Saint-Denis e o massacre na casa de shows Bataclan, onde os terroristas fuzilaram várias pessoas e fizeram outras reféns até a entrada das forças de segurança no dia seguinte.
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— ACI Digital (@acidigital) 28 de julho de 2016