Em menos de quinze dias desde o início de 2018, mais um caso de ataque contra templos católicos foi registrado no Brasil, desta vez na Catedral de Londrina (PR), onde o sujeito foi detido, mas já foi solto pela Justiça.

No dia 3 de janeiro, um homem entrou na igreja e derrubou uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da cidade, de cerca de 2 metros de altura e 150 quilos. A escultura foi doada à antiga matriz de Londrina, em 1948, por uma família devota.

Segundo funcionários da paróquia, o homem teria dito que o diabo estava dentro daquele local e que as pessoas estavam adorando imagens.

Fiéis que presenciaram o ocorrido relataram que o sujeito foi contido por pessoas que estavam no local e detido na Central de Flagrantes no 4º Distrito Policial, tendo sido autuado pelo crime de injúria qualificada, dano qualificado e ultraje a culto.

Diante do ocorrido, a Arquidiocese de Londrina publicou em sua página no Facebook uma imagem de seu padroeiro, com a seguinte descrição: “Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da Arquidiocese de Londrina, fazei nosso coração semelhante ao vosso. Um coração justo e bondoso, amável e tolerante, paciente e compassivo”.

À publicação, internautas responderam expressando sua solidariedade frente aos atos de vandalismo. “Que o Senhor Jesus nos abençoe a todos e perdoe quem cometeu essa violência”, escreveu um dos usuários.

O indivíduo que atacou a imagem do Sagrado Coração de Jesus já havia sido detido após destruir imagens de santos em outra igreja na cidade de Santa Cecília do Pavão (PR), em 30 de dezembro. Naquela ocasião, ele disse que “Deus tinha pedido para que fizesse aquilo” e foi encaminhado a um hospital.

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Entretanto, a polícia informou que o homem, com problemas psiquiátricos, fugiu do hospital Santa Cassa de Uraí, na manhã do dia 3 de janeiro. O centro médico informou as autoridades sobre a fuga, mas o sujeito conseguiu chegar de carona a Londrina.

Depois da detenção no dia 3, já em Londrina, a polícia havia determinado uma fiança de R$21 mil, condizente com os danos praticados contra as imagens.

Porém, o indivíduo foi solto no dia seguinte, 4 de janeiro, após o juiz Marcos Caires Luz declarar que ele não representa risco à ordem pública ou econômica. O magistrado determinou que o sujeito compareça a todos os atos do processo.

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