ROMA, 19 de mai de 2015 às 12:30
Milhares de pessoas fugiram da cidade iraquiana de Ramadi, localizada a cem quilômetros oeste de Bagdá, depois do ataque de militantes do Estado Islâmico (ISIS), grupo terrorista de maioria sunita conhecido por executar e escravizar todas as pessoas que não aceitem submeter-se ao Islã. Entre as pessoas que figuram existe famílias cristãs, pois “sabem o destino fatal que os espera se permanecem em Ramadi”.
Ramadi é a capital da província de Anbar e foi abandonada pelo exército iraquiano depois de intensos combates com os jihadistas que na sexta-feira passada tinham tomado uma parte da cidade.
“Ramadi está em queda”, disse Muhannad Haimour, porta-voz do governo da província de Anbar. “A cidade foi completamente invadida, os militares estão fugindo”, indicou.
Segundo a Assist News Service, entre as pessoas que figuram existe famílias cristãs, pois “sabem o destino fatal que os espera se permanecem em Ramadi”.
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O ISIS obteve nesta cidade a sua primeira grande conquista militar de 2015, depois de perder a cidade iraquiana de Tikrit, em abril deste ano.
O exército iraquiano está formado principalmente por muçulmanos xiitas e desde o surgimento do ISIS, conta com o apoio de militares desta corrente islâmica e da aliança liderada pelos Estados Unidos. Ramadi é uma cidade de maioria de muçulmanos sunitas e um lugar estratégico para o Estado Islâmico, cujo objetivo é conquistar a totalidade do Iraque e da Síria e estabelecer ali um Califado, ou seja, um território controlado pelo ISIS sob a lei Sharia, que pune com pena de morte a prática de outras religiões.
Desde agosto de 2014, os cristãos e outras minorias religiosas tiveram que abandonar as cidades invadidas pelo ISIS, entre elas Mosul –a segunda cidade mais importante do Iraque- e Qaraqosh, uma das cidades de tradição cristã mais antiga do país. Centenas de milhares destas pessoas estão refugiadas principalmente em Erbil, capital do Curdistão iraquiano, onde os militares curdos resistem o avanço dos terroristas.