VATICANO, 8 de mar de 2015 às 13:18
A Praça de São Pedro se viu abarrotada este domingo por milhares de fiéis que compareceram ao Ângelus do Papa Francisco em uma manhã ensolarada em Roma. Na ocasião, Francisco refletiu sobre a misericórdia de Jesus.
O Papa diz que Jesus faz “a limpeza” não com o chicote, mas com a misericórdia, com o amor. Ele pede para que as pessoas abram a porta do coração para que “Jesus faça um pouco de limpeza”.
Francisco comentou o Evangelho do dia no que Jesus expulsa aos mercados do templo. Este gesto o denominou “profético”, e recordou que muitos perguntaram a Jesus quem era Ele para fazer isso. Jesus respondeu: “Destruam este templo e em três dias o reconstruirei”.
“Não tinham compreendido que o Senhor se referia ao templo vivo de seu corpo, que seria destruído com sua morte na cruz, mas ressuscitaria ao terceiro dia”, indicou o Papa.
O Papa explicou que “com efeito, este gesto de Jesus e sua mensagem profética se entendem plenamente à luz de sua Páscoa. Temos aqui, segundo o evangelista João, o primeiro anúncio da morte e ressurreição de Cristo: seu corpo, destruído na cruz pela violência do pecado, transformar-se-á na ressurreição no lugar do encontro universal entre Deus e os homens”.
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Neste sentido, comentou que “o lugar do encontro universal é Cristo Ressuscitado -por todos!- entre Deus e os homens”.
Por isso, assinalou, “sua humanidade é o verdadeiro templo, onde Deus se revela, fala, faz-se encontrar; é o verdadeiro adorador; os verdadeiros adoradores de Deus não são os guardiães do templo material, os que ostentam o poder ou o saber religioso, são aqueles que adoram a Deus ‘em espírito e verdade’”.
O Papa propôs a seguinte reflexão: “Permitimo-lhe fazer ‘limpeza’ em nosso coração para expulsar os ídolos, os da cobiça, o ciúmes, a mundanidad, inveja, ódio, o costume de falar de outros e de esfolar aos outros? Permito-lhe fazer limpeza de todos os comportamentos contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos, como hoje escutamos na primeira Leitura?”.
“Deixemos, cada um de nós, que o Senhor entre com sua misericórdia –não com o látego, não, com sua misericórdia- a fazer limpeza em nossos corações”.
“O látego do Jesus conosco é sua misericórdia. Abramos as portas para que faça um pouco de limpeza”, convidou o Papa.
Depois do Ângelus o Papa dirigiu uma cordial saudação aos fiéis de Roma e a todos os peregrinos provenientes vindos de várias partes do mundo, tendo saudado em particular os fiéis de Curitiba (Brasil); os grupos paroquiais de Treviso, Génova, Crotone, Aquila e da zona de Domodossola, e os rapazes de Garda, que receberam o Crisma. E convidou a todos, especialmente durante esta Quaresma, a estarem mais próximos das pessoas que estão a viver momentos de dificuldade: próximos com o afeto, a oração e a solidariedade.