REDAÇÃO CENTRAL, 4 de mai de 2017 às 05:00
Leah Libresco Sargeant, que era uma conhecida blogueira ateia, se converteu em 2012 ao catolicismo depois de desafiar os seus leitores a apresentar uma resposta intelectualmente rigorosa e espiritualmente gratificante às suas perguntas sobre a vida.
Em uma recente entrevista ao jornal ‘National Catholic Register’, Sargeant explicou a sua motivação para se converter ao catolicismo e as mudanças que sentiu posteriormente.
“O que me persuadiu foi definitivamente a força que começou a ter a pergunta: Como chegamos a conhecer a verdade?”, disse Sargeant, que continua escrevendo em seu blog, mas a partir de uma perspectiva católica e, além disso, é editora colaboradora da revista católica ‘America’.
A blogueira sabia que a matemática funcionava de modo totalmente distinto da moralidade, “porque há coisas no mundo físico que são tão evidentes para nós que, obviamente, não requer nenhuma intervenção sobrenatural”, mas que são compreendidas por analogias físicas.
“A moralidade não funciona deste modo”, disse e se deu conta de que “a base da sua argumentação sobre a existência da ética era ainda mais frágil do que a da existência ou não da matemática”. “Então, a pergunta deve ser esta: De onde vem esse tipo de conhecimento já que não é algo que possa ir construindo a partir de blocos de construção que eu encontro ao meu redor?”.
Nos momentos de dúvida, Sargeant indicou que teve três proposições que não encaixavam bem: “(1) Que Deus não existia. (2) Que a moralidade não dependia dos seres humanos, não era algo feito, mas algo transcendente, fora de nós. (3) E que não parecia ter uma maneira de alcançar algo transcendente por conta própria”.
“Você não pode acreditar nas três ao mesmo tempo. Então, a qual dessas renunciar? A proposição pela qual eu tinha definitivamente mais certeza é que a moralidade era transcendente. Estava insegura da terceira, tentando encontrar uma forma de fazê-la. Eu continuava encontrando problemas. De qualquer modo, decidi renunciar a primeira proposição: Que não existe um Deus”, disse a ex-ateia.
Sargeant revelou que foi através de conversas com católicos e com amigos ortodoxos orientais que reconheceu “o Deus que estavam falando com o tipo de Deus que estava evadindo sem perceber”.
Antes da sua conversão, a também autora do livro ‘Arriving at Amen: Seven Catholic Prayers That Even I Can Offer’ (Chegando ao Amém: Sete orações católicas que inclusive eu posso oferecer), havia crescido em uma família que não era religiosa e foi educada com a ideia de que a religião era falsa.
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“Muitos exemplos de religião que encontrei não foram convincentes”, disse.
Durante o seu processo de conversão, Sargeant assinalou que uma das coisas que fizeram com que o cristianismo “parecesse razoável” foi ler o livro ‘Mero Cristianismo’, de C.S. Lewis. Também começou a ler ‘Ortodoxia’, de G. K. Chesterton, e ‘Confissões’, de Santo Agostinho.
Este último foi o santo que ela escolheu para a sua confirmação: “Eu o escolhi como um santo da minha confirmação porque, de alguma maneira, ele teve um percurso parecido com o meu. Somos parecidos, pois ele também estava buscando a verdade e a buscou de uma maneira extrema”.
“E eu também tinha certo interesse no maniqueísmo, não por esse nome, mas no sentido de pensar que o mundo físico é inerentemente imoral e só o intelecto e o espírito são interessantes. Pensei que um santo padroeiro que compartilhava as minhas fraquezas seria útil”.
Finalmente, disse que uma das mudanças importantes na sua vida depois da sua conversão foi a oração, especialmente a do Santo Rosário, porque lhe permitia recitá-lo em qualquer momento e lugar, o que a ajudava a se concentrar.
“A própria Virgem Maria me deu uma maneira de rezar que é agradável a Deus. E é bom ter algo que sempre pode fazer por e com Deus sem estar se perguntando interiormente se você está indo bem”, concluiu.
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— ACI Digital (@acidigital) 22 de janeiro de 2015