Dois Bispos bolivianos criticaram o Presidente Evo Morales, por dar de presente ao Papa Francisco uma escultura de madeira de um Cristo sobre a foice e o martelo, símbolo do comunismo, durante sua visita privada realizada no dia 8 de julho em La Paz (Bolívia).

“Estamos acostumados à ‘originalidade criativa’ do presidente Morales. A expressão do rosto do Papa Francisco foi o suficiente. Ficou surpreso, nada contente, quase boquiaberto. Questionando como compreender este gesto”, comentou Dom Eugenio Coter, Vigário Apostólico de Pando, em recente entrevista à agência AFP.

Para o Bispo Emérito Militar da Bolívia, Dom Gonzalo del Castilo Crespo, o que fez Morales com o polêmico presente “foi uma provocação, uma travessura”.

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Por sua parte, o analista Francisco Zaratti comentou que “nos anos 70, esta escultura tinha um sentido, simbolizava o compromisso com o socialismo. Hoje em dia, com a queda do muro, isto é passado. Resgatar um símbolo assim é tirá-lo do contexto”.

Para o sacerdote jesuíta Xavier Albó, que conserva a escultura original, o falecido Padre Luis Espinal não era comunista e o que procurava com sua obra era expressar como “necessário o diálogo entre cristãos e marxistas”.

O Bispo de San Sebastián (Espanha), Dom Ignacio Munilla, disse sobre este presente de Morales que “o cúmulo da soberba é manipular Deus a serviço das ideologias ateias”.