PARIS, 20 de nov de 2015 às 11:00
Na semana seguinte aos trágicos atentados que afetaram Paris no dia 13 de novembro, milhares de fiéis lotam as Igrejas Católicas que abriram suas portas a fim de acolhê-los e rezar com eles nestes momentos de dor.
Émotion et recueillement dans la paroisse du #Bataclan https://t.co/dJpSci4kGr via @FChretienne pic.twitter.com/4k6m2dxuLc
— E. Bourceret (@EBourceret) November 16, 2015
Na entrada dos templos, colocaram cartazes com a frase “Pray for Paris” (Oremos por Paris) e pequenos banners com mensagens de ajuda.
Uma das Igrejas que se somou a esta iniciativa foi a Paróquia de Saint-Denys du Saint Sacrament, localizada perto do teatro Bataclan, onde foram assassinadas mais de 100 pessoas.
O Pároco Roger Tardy e seu vigário, Pe. Maxime Deurbergue, abriram o templo e receberam durante boa parte do fim de semana todos os que queriam conversar. Assim como um grupo de seminaristas de primeiro e segundo ano que acolhe a paróquia.
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Pe. Tardy narrou que, inclusive, muitos dos visitantes se consolavam com um simples gesto de acender uma vela. “Este gesto é uma prece natural para aqueles que não sabem como rezar”, disse o Pároco à Famille Chrétienne.
Durante o último fim de semana, os transeuntes se uniram aos paroquianos e entravam no templo para acender uma vela ou escreviam algumas intenções de oração e mensagens de esperança no livro colocado na entrada da Igreja.
Em uma cadeira também havia duas folhas com uma oração à Virgem Maria.
Para a Missa do sábado, 14, ao meio-dia, a Igreja esteve lotada. No dia seguinte, aconteceu a mesma coisa. Por isso, na homilia do último domingo, Pe. Tardy questionou: “O que devemos dizer? De que devemos ser testemunhas? ”
“Em nossa carne está o selo da presença de Deus. Agradeçamos-lhes, pois estamos em suas mãos. Umas mãos que foram crucificadas e que ressuscitaram”, expressou.
Em relação ao desejo de vingança que poderiam sentir algumas pessoas, o sacerdote pediu levantar-se e permanecer de pé manifestando a presença de Deus e sua esperança no meio do luto. Acrescentou que o melhor remédio para “aqueles que servem os seus próprios interesses é imaginar que estão servindo a Deus. Sem caridade não somos nada”, concluiu.