São Luis, 30 de jun de 2017 às 18:00
Membros de uma igreja protestante realizaram uma marcha pelas ruas da cidade de Caxias (MA) contra a construção de um Santuário católico, considerado por eles como sinal de idolatria.
A inciativa partiu a Igreja Batista da Paz, que reuniu membros de onze de suas congregações os quais saíram às ruas com faixas e carros de som.
“A nossa segunda marcha profética nos opondo ao projeto de construção de um ídolo aqui, da Senhora das Graças, no Morro do Alecrim”, declarou ao portal ‘Sinal Verde’ o pastor Paulo Jorge.
Ele disse que a área onde será construído o Santuário se trata de “um sítio tombado pelo patrimônio histórico”.
A construção do Mirante Santuário de Nossa Senhora das Graças no Morro Alecrim faz parte do conjunto de cinco grandes projetos apresentados pela prefeitura de Caxias (MA) em abril deste ano, entre o quais há também um complexo hospitalar, revitalização de uma praça, construção de pórticos na entrada da cidade e um shopping.
Desses empreendimentos, a construção do Santuário gerou controvérsias por ser o local escolhido o ponto principal do Morro do Alecrim, considerado um sítio histórico, palco de batalhas importantes para a cidade: durante o período de resistência à adesão à independência do Brasil e durante a Balaiada, revolta popular ocorrida no Maranhão entre 1838 e 1841.
Porém, o pastor ressaltou que a manifestação se realizava porque, em sua opinião, a construção do Santuário dedicado à Virgem Maria se tratava de “idolatria”. “Estamos fazendo o nosso papel profético”, acrescentou.
Mesma posição foi manifestada pelo pastor Esdras Antunes, segundo quem “esta marcha profética é mais uma declaração daquilo que nós cremos”.
“A Palavra do Senhor declara ‘ao Senhor teu Deus adorarás e somente a Ele prestarás culto’. Aqui nós estamos declarando isso, que a nossa adoração é exclusiva é única ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, apenas Jesus e mais ninguém”, sublinhou.
Por sua vez, o jovem Joelson Durans assinalou: “a importância desse movimento é que estamos levando a Palavra de Deus e estamos também brigando contra a idolatria na cidade”.
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Além da marcha, o pastor Paulo Jorge informou ao site que também entregaram um documento à Câmara de Vereadores no qual expressaram os motivos do protesto. “O que eu desejaria é que nós chegássemos lá e a Câmara pudesse perceber que nós existimos como grupo social”, disse.
Nas redes sociais, diversos católicos reagiram, expressando seu rechaço a atitude dos membros da Igreja Batista da Paz e reafirmando o seu amor pela Virgem Maria.
“Somo católicos com orgulho e amamos a Mãe de Jesus”, escreveu a internauta Maria Morais.
Por sua vez, Danilo Rodrigues questionou: “A que nível de ignorância chegamos? Uma marcha para criticar a igreja católica? Por que não uma marcha pela paz, amor e justiça ? Por que não uma marcha para ajudar os pobres e fazer o bem ao próximo? Infelizmente a intolerância religiosa está acompanhada de uma grande ignorância”.
Até o momento, não houve um pronunciamento sobre o ocorrido por parte da Diocese de Caxias do Maranhão, a qual se encontra vacante desde a transferência de Dom Vilson Basso, SCJ, para a Diocese de Imperatriz (MA), em abril deste ano.
Confira também:
A resposta de um sacerdote a vídeo de pastora que quebrou imagem da Virgem Aparecida https://t.co/W6YemBBKYk
— ACI Digital (@acidigital) 13 de janeiro de 2017