MADRI, 31 de jan de 2017 às 17:00
A religiosa dominicana Lucía Caram, natural da Argentina e que atualmente vive em Barcelona (Espanha), assegurou recentemente no programa de televisão espanhol ‘Chester in love’ que a Virgem Maria e São José tinham uma relação de “casal normal”, que implicava “ter relações sexuais e uma relação normal entre um casal”.
No programa do dia 29 de janeiro, dirigido pelo jornalista Risto Mejide, Caram assegurou que “há muito tempo a Igreja tem uma má relação” com o tema sexual, tinha-o “um pouco embaixo do tapete e não era um tabu, mas um tema que considerava sujo, oculto, e era a negação do que eu acho que é uma bênção”.
No caso da Virgem Maria, sublinhou a religiosa dominicana, compreende “que realmente é muito difícil de acreditar, de assumir, o tema da virgindade de Maria e, além disso, a fim de demonstrar que não havia nada entre São José e Maria, normalmente ele é desenhado velho e com barba”.
“Então era o avô que estava com... Eu acho que Maria estava apaixonada por José e que era um casal normal”, disse e acrescentou: “acredito que o mais normal era que eles tivessem relações sexuais e uma relação normal de um casal”.
A respeito da virgindade de Maria, enfatizou: “Eu entendo que é difícil de acreditar, que é difícil digerir e muitas vezes, quando tentamos explicar para as pessoas, elas acabam rindo, porque a mensagem é pouco confiável”.
Segundo Lucía Caram, a Igreja deveria “ter apresentado Maria e José de outra maneira e entender que é uma relação de um amor maduro, aberta à vida e capaz de gerar e secundar um projeto de libertação, de salvação”.
Em seguida, a religiosa afirmou que é necessária “uma revolução e que começa a ter uma revolução (...) porque as igrejas estão vazias, a mensagem não tem credibilidade”.
O que a Igreja ensina sobre a virgindade de Maria?
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No parágrafo 496, o Catecismo da Igreja Católica, promulgado por São João Paulo II em 1992, assegura que Jesus foi concebido “sem sêmen de homem, pelo Espírito Santo”.
“O aprofundamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria”, disse o compêndio da doutrina católica, em seu numeral 499.
Santo Agostinho, citando o Catecismo, assegurou que Santa Maria “sempre foi Virgem: antes do parto, durante o parto e depois do parto”.
Através da plataforma Change.org, milhares de pessoas assinaram uma campanha exigindo a suspensão da religiosa dominicana Lucía Caram, dirigida ao Arcebispo de Barcelona, Dom Juan José Omell, e ao Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada. Para assinar, acesse este link.
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— ACI Digital (@acidigital) 6 de dezembro de 2012