WASHINGTON DC, 22 de mar de 2018 às 09:00
Vários meios de comunicação asseguraram que um homem que assassinou a sua esposa “confessou” o seu crime a um sacerdote, que o denunciou às autoridades. Esta é a verdade.
John Grazioli, de 44 anos, assassinou a sua esposa, Amanda, de 31 anos, em sua casa localizada no condado de Erie, na Pensilvânia (Estados Unidos), no começo de março. Depois de abandonar o corpo dentro de casa, dirigiu-se a St. Peter Cathedral e pediu para conversar com um sacerdote.
Pe. Michael Polinek, que atendeu Grazioli, disse a ‘Erie-Times New’ que o assassino “estava um pouco perturbado e, depois de um momento, basicamente disse: preciso te dizer que assassinei a minha esposa e eu vou voltar para casa e vou me suicidar”.
Priest turns in man who confessed to killing his new wife. @EvaPilgrim has the story. pic.twitter.com/IfXIIqbV8P
— Good Morning America (@GMA) 15 de março de 2018
O sacerdote explicou que não foi uma confissão sacramental, por isso não era obrigado a manter em segredo o que o assassino disse.
O sacerdote que quebra o segredo de confissão, de acordo com o Código de Direito Canônico, é automaticamente excomungado, porque “o sigilo sacramental é inviolável; pelo que o confessor não pode denunciar o penitente nem por palavras nem por qualquer outro modo nem por causa alguma”.
Pe. Polinek indicou que, “depois de algum tempo”, conseguiu convencer o assassino “de que, pelo bem do resto da sua família e das outras pessoas, seria uma boa ideia chamar a polícia pelo 911”.
A polícia já estava seguindo o rastro de Grazioli, depois que o 911 rcebeu uma chamada reportando que um homem assegurava ter assassinado sua esposa e ter a intenção de se suicidar.
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Durante a sua conversa com o assassino e com o consentimento dele, Pe. Polinek colocou manteve o 911 na linha.
“O 911 estava na linha o tempo todo e ele sabia disso, eu sabia disso, o operador do 911 estava ciente disso”.
“Eu liguei para o 911 e eles disseram: ‘Ele tem uma arma?’. Ele disse com a cabeça que sim. Eu disse: ‘Onde está?’. Acho que ele disse que ‘está no meu casaco’. Eu disse: ‘por que não tiramos o casaco?’”, recordou.
O sacerdote contou: “Peguei o seu casaco e colocou no chão, assim fiquei entre ele e o casaco. Nunca revistei o casaco. Parece que tinha algo dentro dele. A polícia chegou e o levou, mas não houve ameaça”.
“A polícia chegou e fizeram o que precisavam fazer, e tudo terminou pacificamente”, assegurou.
Mike Nolan, chefe adjunto da delegacia em Erie, disse à rede de televisão ABC que o sacerdote católico “foi heroico” e destacou que, “segundo a nossa perspectiva”, Pe. Polinek “manteve a sua compostura e fez um bom trabalho”.
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Ele cuspia em quem ia à Missa e agora é sacerdote https://t.co/EMb8w0X9XQ
— ACI Digital (@acidigital) 7 de março de 2018