Esta festa responde a uma larga tradição de fé na Igreja: orar por aqueles fiéis que acabaram sua vida terrena e que se encontram ainda em estado de purificação no Purgatório.
O Catecismo da Igreja Católica nos recorda que os que morrem em graça e amizade de Deus mas não perfeitamente purificados, passam depois de sua morte por um processo de purificação, para obter a completa formosura de sua alma.
A Igreja chama "Purgatório" a essa purificação; e para falar de que será como um fogo purificador, apóia-se naquela frase de São Paulo que diz: "a obra de cada um será posta em evidência. O dia torna-la-á conhecida, pois ele se manifestará pelo fogo e o fogo provará o que vale a obra de cada um."(1Cor 3, 13).
A prática de orar pelos defuntos é extremamente antiga. O 2º livro dos Macabeus no Antigo Testamento diz: "Eis por que ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado" (2Mac. 12, 45); e seguindo esta tradição, a Igreja desde os primeiros séculos teve o costume de orar pelos defuntos.
A respeito, São Gregório Magno afirma: "Se Jesus Cristo disse que há faltas que não serão perdoadas nem neste mundo nem no outro, é sinal de que há faltas que sim são perdoadas no outro mundo. Para que Deus perdoe os defuntos das faltas veniais que tinham sem perdoar no momento de sua morte, para isso oferecemos missas, orações e esmolas por seu eterno descanso".
Estes atos de piedade são constantemente alentados pela Igreja.