21 de novembro de 2024 Doar
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Cuba contará com seu primeiro beato: Um jovem diácono mártir na Espanha

No próximo 28 de outubro, o Papa Bento XVI elevará aos altares 498 mártires da Guerra Civil Espanhola, talvez o maior grupo de mártires da história da Igreja beatificado em uma só cerimônia. Entre os cinco membros do grupo que não são espanhóis, encontra-se Frei José López Piteira, um diácono agostiniano nascido em Cuba.

Frei José se converterá no primeiro beato da ilha. Nasceu em Arroyo Blanco, Camagüey, Cuba, em 2 de fevereiro de 1912, de pais imigrantes espanhóis. Segundo alguns registros históricos sua família retornou a Espanha quando o pequeno José tinha quatro ou cinco anos de idade.

mudou-se a Partorvia, na província de Orense, Galícia, Espanha. Neste país se fez frade agostiniano. Em sua preparação para o sacerdócio estudou filosofia em Leganés, e teologia no Mosteiro de Escorial. Fez sua profissão solene em 1934, e foi ordenado diácono em 8 de setembro de 1935, o mesmo dia em que Cuba celebra a sua Padroeira, a Virgem da Caridade do Cobre.

Segundo seus biógrafos era loiro e de aparência agradável, de estatura media, com boa capacidade para os estudos, caráter bondoso e entusiasta, aficionado à música, manifestou uma vocação muito decidida no primeiro momento, a que correspondeu com uma vida de piedade muito intensa.

O Pe. González Velasco, um de seus biógrafos, escreveu: "deve-se constatar que o jovem José López Piteira sempre se sentiu orgulhoso de ter nascido em Cuba e de ser cidadão cubano".

A revista Palavra Cubana recolheu os acontecimentos de seu martírio. "Estudando no Mosteiro de Escorial, em 6 de agosto de 1936 foi detido com sua comunidade Agostiniana desse mosteiro e encarcerado na prisão de São Antão de Madri. Quando lhe disseram que podia fazer valer a circunstância de ter nascido em Cuba para conseguir a liberdade, respondeu: 'Estão aqui todos vocês que foram meus educadores, professores e meus superiores, o que vou fazer eu na cidade? Prefiro seguir a sorte de todos, e seja o que Deus quiser".

"Em 30 de novembro de 1936, Frei José López Piteira foi martirizado em Paracuellos de Jarama junto com outros 50 religiosos agostinianos. No momento do martírio tinha 23 anos", informa a revista.

Os mártires

Entre os mártires que serão beatificados com Frei José figuram dois bispos, 24 sacerdotes diocesanos, 462 membros de Institutos de Vida Consagrada (religiosos), um diácono, um seminarista, um subdiácono e sete laicos.

"Há entre eles Agostinianos, Dominicanos, Salesianos, Irmãos das Escolas Cristãs, Maristas, Carmelitas Descalços, Franciscanos, Escravas do Santíssimo Sacramento, Carmelitas, Dominicanas, Trinitários, Carmelitas Missionárias, Missionários dos Sagrados Corações, Marianistas, Missionárias Filhas do Coração de Maria, Franciscanas Filhas da Misericórdia, Uma religiosa de clausura da Ordem de Santo Domingo, Irmãs Carmelitas da Caridade, Trinitárias e uma religiosa Carmelita da Apresentação. Este será o maior número de mártires beatificados até o dia de hoje", explica Palavra Cubana.

Além do diácono cubano, os outros quatro que nasceram fora da Espanha são dois Irmãos de Salle na França, um Dominicano e um Carmelita no México, e um Agostiniano em Cuba.

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