Episcopado europeu faz propostas sobre pastoral de migrações

BRUXELAS, Sep 27, 2004 / 16:03 pm

Depois de analisar as conseqüências da ampliação da União Européia a 25 membros, a Assembléia Geral dos diretores nacionais da pastoral de migrantes de 24 Conferências Episcopais da Europa, publicaram suas conclusões com diversas propostas para enfrentar os desafios que expõe o fenômeno migratório no continente.

A Assembléia, reunida  de 17 a 19 de Setembro de 2004 em Malines, Bélgica, teve como tema “A Europa dos 25: conseqüências para as migrações em toda a Europa”.

Entre as conseqüências, os congressistas assinalaram a globalização, o pluralismo sócio-cultural e religioso e a proteção dos direitos dos migrantes, refugiados, pessoas em situação irregular e de países terceiros.

Os diretores nacionais recordaram que a “complexidade destes três âmbitos influi gravemente na vida das pessoas deslocadas”. Deste modo manifestaram compartilhar com as Conferências Episcopais da Europa que “a qualidade de acolhida ao estrangeiro manifesta claramente a missão evangélica da Igreja, tanto com a sociedade como com os migrantes e refugiados”.

Por isso, os diretores propuseram, entre outros assuntos:

· Sensibilizar aos responsáveis pela Igreja dos desafios pastorais que provoca esta nova situação.

· Elaborar conjuntamente uma análise e umas declarações públicas para denunciar os perigos de uma harmonização reduzida às políticas da União Européia em imigração e asilo.

· Insistir aos governos para que assinem a Convenção Internacional para a Proteção dos direitos dos trabalhadores imigrantes e suas famílias.

· Promover a co-responsabilidade de todos os fiéis, independentemente de sua origem, na vida da comunidade eclesiástica.

· Considerar as paróquias territoriais, as  missões lingüísticas, assim como as comunidades de diferentes ritos como necessárias e complementares.

· Promover a colaboração entre as Conferências Episcopais dos países de saída, de trânsito e de acolhida.

· Aproveitar a oportunidade da ampliação da União Européia para reforçar o diálogo ecumênico e Inter-religioso.