23 de novembro de 2024 Doar
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Vaticano reconhece ameaça de armas de destruição em massa, propõe "poder do coração"

Durante uma exposição apresentada na Conferência Geral do Organismo Internacional de Energia Atômica, Dom. Leo Boccardi, falando em nome da Santa Sé, pediu a busca de saídas pacíficas para a crescente ameaça das armas de destruição em massa, especialmente no Oriente Médio.

Durante sua exposição, dada a conhecer nesta segunda-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé, Dom. Boccardi  assinalou que “as violentas ações que nos últimos tempos tiveram como cenário a Rússia e outros lugares do mundo ofendem gravemente à humanidade”.

“As violações constantes da dignidade humana e as vítimas inocentes do terrorismo chamam a atenção de todos para confrontar eficazmente os motivos que estão à base dessa forma moderna de barbárie. Devemos continuar considerando que  o diálogo é essencial para estabelecer a paz e a segurança”, disse o Prelado.

O Delegado vaticano advertiu alémm disso em relação às “contínuas ameaças à paz e à estabilidade devida à proliferação de armas de destruição de massa” e recordou que há ameaças de proliferação nuclear, assim como países interessados na aquisição ilegal de armas de destruição de massa, além disso do “perigo de que os terroristas tem acesso a esses materiais e a essa tecnologia”.

Depois mencionou a crescente insegurança no Oriente Médio, sobre tudo em Terra Santa e Iraque, e sublinhou a necessidade de promover “a aplicação pacífica da tecnologia nuclear”, para que “possa responder às preocupações mais urgentes”, como a gestão das reservas de água potável, dos cultivos, a luta contra a desnutrição, a cura das doenças e a maior tolerância ao sal nos climas áridos.

Antes da exposição do Dom. Boccardi, o Cardeal  Jean-Louis Tauran,  durante uma missa celebrada na catedral vienense com motivo da mesma Conferência assinalou que “como cristãos e por vocação, damos testemunho da paz condenando todo tipo de violência, rechaçando as ideologias que a respaldam e os sistemas políticos que a promovem; eliminando a violência de todas as formas de vida”.

“A violência é a imposição do julgamento próprio,  é não  equilibrar o direito com a caridade. A violência é a exclusão dos mais facos e menos dotados, é fomentar um espírito de revanche”.

“No mundo desumano que construímos –adicionou o Cardeal-, os cristãos estão chamados a exercer o que me atreveria a chamar ‘o poder do coração’”.

as grandes religiões são fatores de paz

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