VATICANO, Nov 19, 2007 / 12:54 pm
Ao receber hoje aos bispos da Conferência Episcopal do Quênia, que acabam de realizar sua visita "ad limina", o Papa Bento XVI sublinhou que o matrimônio é um "precioso tesouro" que "deve ser guardado custe o que custar" e denunciou as campanhas de organizações que promovem o aborto na África ampliando o influxo da "cultura secular globalizada".
Depois de reconhecer que a compreensão da vida familiar cristã acha uma "ressonância profunda na África", o Santo Padre assinalou que, entretanto "causa grave preocupação que a cultura secular globalizada exerça um influxo cada vez maior nas comunidades locais como resultado das campanhas de organizações que promovem o aborto".
"Esta destruição direta de uma vida humana inocente nunca pode justificar-se por muito difíceis que sejam as circunstâncias que possam levar a tomar em consideração dar um passo tão grave". Por isso pediu aos prelados africanos que recordem a seu povo que "o direito à vida de todo ser humano inocente, nascido ou não, é absoluto e se aplica a todas as pessoas sem exceção alguma".
A respeito indicou que "a comunidade católica deve oferecer sua ajuda às mulheres para as que seja difícil aceitar um filho, sobre tudo quando estão isoladas de sua família e amigos. Do mesmo modo, a comunidade deve estar disposta a acolher a quem se arrependa de ter participado do grave pecado do aborto e guiá-los com caridade pastoral a aceitar a graça do perdão, a necessidade da penitência e a alegria de entrar uma vez mais na nova vida de Cristo".
Guardar o "precioso tesouro" do matrimônio
Previamente, o Pontífice tinha famoso que "um tema chave da unidade na comunidade é a instituição do matrimônio e da vida familiar, ao que os povos da África têm uma particular estima".
"Este precioso tesouro deve ser guardado custe o que custar. Muito freqüentemente, as enfermidades que atendem algumas parte da sociedade africana, como a promiscuidade, a poligamia e a difusão de enfermidades de transmissão sexual, podem estar diretamente relacionadas com noções equivocadas de matrimônio e vida familiar".
"Por esta razão –acrescentou–, é importante ajudar aos pais quando ensinam a seus filhos como viver uma visão cristã do matrimônio, concebido como uma união indissolúvel entre um homem e uma mulher, essencialmente iguais em sua humanidade e abertos à geração de uma nova vida".
Finalmente, depois de ressaltar o grande contribua da Igreja no Quênia no âmbito educativo, disse aos bispos que "em uma época em que a mentalidade relativista e secularizada se afirma cada vez mais mediante médios globais de comunicação social é necessário que sigam promovendo a qualidade e a identidade católica de suas escolas, universidades e seminários".
"Em nossos dias há uma necessidade particular de profissionais bem formados e pessoas íntegras no setor da medicina, onde os progressos tecnológicos expõem graves questione morais", concluiu.
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