29 de novembro de 2024 Doar
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A caridade da Igreja não é "filantropia" esclarece o Papa

Durante a audiência concedida nesta sexta-feira aos participantes na plenária do Pontifício Conselho "Cor Unum", que se encarrega das obras de caridade da Santa Sé, o Papa Bento XVI destacou que os organismos de caridade católicos não são simples organizações filantrópicas, senão testemunhas do amor de Cristo.

O Pontífice assinalou acima de tudo que todos aqueles que estão vinculados a este dicastério "desenvolvem no Povo de Deus um serviço indispensável, a diakonia da caridade. É precisamente o tema da caridade ao que quis dedicar a minha primeira encíclica Deus caritas est".

O Papa reconheceu logo o trabalho das diversas organizações católicas e disse: "Demos graças a Deus porque são muitos os cristãos que gastam seu tempo e energia para fazer chegar não só ajuda material, mas também um apoio de consolo e de esperança a quem vive em condições difíceis".

Entretanto, o Santo Padre assinalou que é indispensável para quem trabalha nos diversos organismos caridosos uma "formação íntima e espiritual que, do encontro com Cristo, faz surgir aquela sensibilidade de ânimo que permite conhecer até o fundo e satisfazer as expectativas e necessidades dos homens".

"Nos momentos de sofrimento e de dor, é esta a aproximação necessária. Quem opera nas multiformes atividades caridosas da Igreja não pode, portanto, contentar-se só com a assistência técnica ou de resolver problemas e dificuldades materiais. A ajuda que oferece não pode reduzir-se jamais a gesto filantrópico, senão que deve ser tangível expressão do amor evangélico", adicionou.

O Pontífice insistiu, portanto, que a ação das organizações caridosas da Igreja "não se esgota em ser operadores de serviços sociais, senão no anúncio do Evangelho da caridade. Seguindo as pegadas de Cristo, estão chamados a ser testemunhas do valor da vida, em todas suas expressões, defendendo especialmente a vida dos fracos e doentes, seguindo o exemplo da Beata Madre Teresa de Calcutá".

Enfim –adicionou- quem trabalha no âmbito das atividades eclesiásticas, deve ser testemunha de Deus, que é plenitude de amor e que convida a amar".

Bento XVI concluiu felicitando ao Pontifício Conselho Cor Unum pela iniciativa dos Exercícios espirituais que se realizarão em Guadalajara para os presidentes e diretores dos organismos caridosos do continente americano.

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