BUENOS AIRES, Mar 4, 2008 / 06:48 am
A causa de beatificação do Cardeal Eduardo Pironio, falecido em 1998, poderia dar um novo passo se se comprovar a cura milagrosa de um menino que aos 15 meses de nascido se intoxicou com purpurina.
A vice-postuladora da causa, Beatriz Buzzetti Thomson, é a responsável por investigar a cura completa do menino, cuja identidade se mantém em reserva, e hoje tem dois anos e meio.
Conforme informou a imprensa local, depois do acidente, os pais do menino recorreram à oração que se encontrava ao reverso de uma imagem do Cardeal, que receberam de presente. O menino melhorou e foi dado de alta sem nenhuma seqüela a pesar que os médicos lhes advertiram que se sobrevivia, o menino apresentaria graves danos renais e hepáticos.
A oração dedicada ao falecido Cardeal foi passada pela Conferência Episcopal Argentina e reza assim:
O Deus, Nosso Pai, que chamastes o vosso Servo Eduardo Francisco Pironio a servir a vossa Igreja como sacerdote e bispo, confortado pela materna solicitude da Virgem Maria e o fizestes alegre anunciador da esperança e da cruz, nos conceda que, seguindo seu exemplo, possamos proclamar e testemunhar nossa fé com um coração misericordioso e acolhedor e, pela sua intercessão, nos alcanceis a graça que com confiança vos pedimos.
Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Sua vida
Eduardo Francisco Pironio nasceu em Nove de Julho, província de Buenos Aires, em 3 de dezembro de 1920. Foi o vigésimo segundo filho de um matrimônio de imigrantes italianos, Giuseppe Pironio e Enrica Buttazzoni.
Aos 18 anos ingressou no seminário de La Plata. Após de sua ordenação sacerdotal se desempenhou como docente no seminário de Mercedes. Logo realizou estudos teológicos na Europa, foi reitor do Seminário Metropolitano da Arquidiocese de Buenos Aires entre 1960 e 1963. Nesse último ano, foi nomeado decano da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Argentina.
Foi nomeado Bispo Auxiliar da Plata em 1964, logo se encarregou da diocese de Avellaneda. Em 1972, foi designado Bispo de Mar del Plata e trabalhou como secretário e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM).
Foi criado cardeal pelo Papa Paulo VI em 1976. Durante a última etapa do governo da Maria Estela Martínez de Perón e da ditadura militar iniciada em 1976 recebeu ameaças de morte.
Antes do golpe de estado de 1976, o governo constitucional tinha lhe oferecido resguardo pessoal, mas o Cardeal Pironio a rechaçou. "Não posso aceitar isso. Primeiro porque confio no amparo de Deus. Segundo, porque considero inaceitável que um bispo desenvolva seu trabalho rodeado de guarda-costas. Em terceiro lugar porque podem atentar e não só me matar, mas também matar a um custódio; e sua vida vale tanto como a minha", afirmou então.
Participou dos cônclaves que escolheram a João Paulo I e João Paulo II. Este último o designou presidente do Pontifício Conselho para os Leigos em 1984, cargo que ocupou até 1996 e no qual foi um dos artífices das Jornadas Mundiais da Juventude; também foi Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.
Faleceu em Roma em 5 de fevereiro de 1998 por causa de um câncer ósseo. Seus restos descansam no Santuário de Nossa Senhora de Luján.
Seu processo de beatificação começou em 23 de junho de 2006.
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