Elegem ao Cardeal Rouco como Presidente da Conferência Episcopal Espanhola

A HAIA, Mar 4, 2008 / 10:34 am

A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) elegeu esta manhã ao Arcebispo de Madri, Cardeal Antonio Maria Rouco Varela, como seu Presidente para o triênio 2008-2011.

Os bispos, reunidos em Assembléia Plenária em Madri de 3 a 7 de março, decidiram que o Cardeal Rouco reassuma este cargo sucedendo ao Bispo de Bilbao, Dom Ricardo Blázquez Pérez, quem ocupou a presidência desde 8 de março de 2005. Dom Blázquez foi eleito vice-presidente da CEE.

O Cardeal Rouco Varela foi Presidente da CEE durante dois períodos consecutivos desde 1999 a 2005.

Sua vida

O Cardeal Antonio Maria  Rouco Varela nasceu em 20 de agosto de 1936 em Villalba (Lugo). Entre os anos 1946 e 1954 desenvolveu seus estudos sacerdotais no Seminário de Mondoñedo. Continuou os estudos em Teologia na Universidade Pontifícia de Salamanca, onde obteve a Licenciatura nessa disciplina em 1958. Ordenou-se sacerdote em Salamanca em 28 de março de 1959. Esse mesmo ano se transladou a Munique onde cursou estudos de Direito e Teologia. Em 1964 se doutorou em Direito Canônico com a tese titulada Igreja e Estado na Espanha do século XVI.

Entre 1964 e 1966 exerceu como professor de Teologia Fundamental e Direito Canônico no Seminário de Mondoñedo. Entre 1966 e 1969 ministrou aulas no Instituto de Direito Canônico da Universidade de Munique. Durante sua permanência nesta cidade, desenvolveu uma intensa atividade pastoral nas paróquias de São Rafael e São Ansgar.

Desde sua volta a Espanha, em 1969, até sua nomeação episcopal, em 1976, esteve vinculado à Universidade Pontifícia de Salamanca. Começou como professor de Direito Público Eclesiástico. Em 1971 obteve a Cadeira de Direito Canônico Fundamental e em 1972 foi nomeado vice-reitor.

Nestas mesmas datas, de 1972 a 1976, foi também o Conselheiro da Associação Católica Nacional de Propagandistas. Em 1973 foi nomeado Consultor da Sagrada Congregação para o Clero. Além disso, desde sua fase preparatória, em 1974, exerceu como "perito" no Concílio Pastoral de Galícia.

O Papa Paulo VI o nomeou Bispo auxiliar de Santiago de Compostela em 17 de setembro de 1976 e titular de Gergi. Na sede compostelana permaneceu até 1994. Foi Administrador Apostólico de maio de 1983 a maio de 1984, quando foi nomeado pelo Papa João Paulo II Arcebispo. Dez anos mais tarde, em 28 de julho de 1994, foi nomeado Arcebispo de Madri. Em ambas as sedes, sucedeu ao Cardeal Angel Suquía Goicochea. Em 18 de janeiro de 1998 foi nomeado Cardeal, recebendo o capelo cardenalicio das mãos do Papa João Paulo II em 21 de fevereiro desse mesmo ano. É titular da Igreja de São Lorenzo in Damaso, habitualmente ocupada por um cardeal espanhol.

É membro das Congregações para a Educação Católica (1994), dos Bispos (1998) e do Clero (1998) e dos Pontifícios Conselhos para a Cultura (1998), para a Interpretação dos Textos Legislativos da Igreja (1998) e Cor Unum (2000). Também é membro, desde em 30 de março de 2004, do Tribunal Supremo da Assinatura Apostólica. Em dezembro de 2004 foi nomeado membro do Conselho de Cardeais para o estudo dos assuntos organizativos e econômicos da Santa Sé.

Publicou livros e numerosos trabalhos científicos em revistas espanholas e estrangeiras sobre temas relativos a fundamentação teológica do Direito Canônico e os problemas das relações Igreja-estado.