ROMA, Apr 2, 2008 / 15:34 pm
Os cardeais Dziwicz, Schönborn e Ruini recordaram hoje o testemunho de intensa misericórdia vivido pelo Servo de Deus, João Paulo II, ao comemorar o terceiro aniversário de seu trânsito à Casa do Pai, durante a inauguração do Primeiro Congresso Mundial da Misericórdia Divina.
No evento, cuja primeira sessão se realizou na Basílica de São João de Latrão, o Cardeal Stanislaw Dziwicz, Arcebispo da Cracóvia e secretário de João Paulo II durante mais de 25 anos, comentou que o recordado Pontífice " e Irmã Faustina foram dois mensageiros da Divina Misericórdia. Quem tem promovido este grande mistério. Agora temos a um terceiro mensageiro: Bento XVI que ajuda a descobrir o amor e a misericórdia de Deus".
"Na Cracóvia está sepultada a Santa irmã Faustina aonde recebeu a grande mensagem da Divina Misericórdia. É a cidade aonde esta mensagem se irradia a todo mundo. Esta devoção dá a possibilidade a todos de rezar para contribuir a mudar a nossa sociedade secularizada, que vive como se Deus não existisse", disse logo o Cardeal.
Por sua veze, o Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn, destacou que João Paulo II "encontrou, nas palavras, nas mensagens que irmã Faustina recebeu de Jesus e que transmitiu em uma linguagem muito simples, a resposta às grandes interrogantes e desafios do nosso tempo".
Ele "refletiu, à luz destas mensagens, durante toda a vida, no imensurável mistério da Divina Misericórdia. Este mistério plasmou sua obra como sacerdote, bispo e Papa; e tocou, através de sua pessoa, um número infinito de homens no mundo inteiro. Era realmente um testemunho único da misericórdia", disse o Cardeal.
Deste modo evidenciou como "o caminho terreno" de João Paulo II terminou no "Domingo da Misericórdia, festa que ele mesmo tinha introduzido no jubileu de 2000" canonizando a Irmã María Faustina Kowalska.
"É difícil, quase impossível, não apreciar nesta coincidência um 'sinal do Céu'. Não pôs Deus mesmo sua assinatura sob todo um programa de vida, que o Papa João Paulo II há repetidamente caracterizado, de modo inteiramente explícito, como sua missão?", destacou.
De outro lado, o Cardeal Camillo Ruini, Vigário do Papa para a Diocese de Roma e Ex-presidente do Episcopado italiano, comentou que "celebrando aqui este congresso certamente estamos na linha da vontade do João Paulo II, que pôs a Divina Misericórdia ao centro de sua vida espiritual, de seu testemunho apostólico e seu magistério, consagrando à misericórdia de seu Deus segunda encíclica Dives in misericórdia, beatificando e canonizando a Irmã Faustina Kowalska e dedicando à Divina Misericórdia o segundo domingo de Páscoa".
"Na perspectiva do João Paulo a relação entre Roma e a Divina Misericórdia é, em certo sentido, ainda mais ampla e antiga. Em sua visita ao Campidoglio de 15 de janeiro de 1998, ele terminou seu discurso dizendo: 'Roma, cujo nome lido ao contrário soa a Amor, amore. Como diz um poeta polonês 'sim você diz Roma, te responde Amor'. Para João Paulo II Roma é e deve ser também um símbolo de amor", adicionou o Cardeal Ruini.
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