BOGOTÁ, May 12, 2008 / 03:20 am
O Dr. Jorge Merchán Price, cirurgião geral da Universidade Javeriana e líderes do movimento "Médicos azuis", dirigiu uma carta aberta aos médicos ginecologistas abortistas e à Federação Colombiana de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FECOLSOG) urgindo-os a respeitar o direito à vida do nascituro como parte essencial da profissão médica.
A carta, escrita a dois anos da despenalização do aborto na Colômbia, e quando se realizaram mais de 100 abortos legais, o Dr. Merchán assinala que "o aborto continua sendo uma prática clandestina na Colômbia, igual ao era antes de seu despenalização. Esta última não obteve seus objetivos com relação à muito mal-entendida liberdade da mulher e pelo contrário distorceu o direito fundamental e universal à liberdade de consciência especialmente no grêmio médico".
"A consciência dos médicos –escreve o médico– e com ela a moral médica universal se encontram seqüestradas em virtude da muito arbitrária e caprichosa sentença da Corte Constitucional com relação à objeção condicionada de consciência".
"Os médicos não matam porque ‘matar’ não é um ato médico: não restabelece a saúde e não preserva a vida", adiciona a carta.
O Dr. Merchán assinala além que atualmente na Colômbia "são os médicos ginecologistas abortistas os responsáveis diretos deste crime antinatural e atroz. E o são porque Vocês, os diretores da Federação Colombiana de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FECOLSOG) não somente abandonaram’ a seus ginecologistas membros que sim respeitam a vida e não desejam praticar abortos (e que felizmente são a imensa maioria), senão que não tiveram o caráter nem o valor de defender o espírito de sua profissão".
Merchán acusa a FECOLSOG de ter contribuído a "sua deslegitimação ética esquecendo que sua função e sua responsabilidade primitiva não é a de justificar o injustificável mediante a prostituição da missão universal e fundamental do médico."
"Senhores FECOLSOG: que as mulheres tenham o direito de abortar não significa que os médicos tenham a obrigação de matar. Os médicos não matam!", conclui a carta.
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